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Comunicado do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) emitido nesta quinta-feira informa que as cidades circunvizinhas da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, estão novamente sob alto risco de inundações. Este alerta ocorre devido a acumulações de chuva atingindo até 150mm e ao contínuo derramamento das águas do Guaíba para a lagoa, prevendo agravamento das cheias em municípios como Pelotas e Rio Grande.
O Instituto MetSul relata também rajadas de vento na região atingindo velocidades entre 70km/h e 90km/h, o que facilita o fluxo entre os corpos d’água. Situação semelhante em setembro do ano passado contribuiu para o agravamento das cheias, quando a cota máxima do Guaíba atingiu 3,18 metros.
Imagens de satélite divulgadas pela Universidade Federal do Rio Grande (Furg) mostram uma mancha de sedimentos provenientes de rios do interior do estado que desembocam no Guaíba e se espalham pela Lagoa dos Patos. A média do nível da Lagoa estava em 2,68 metros, enquanto a cota de inundação é de 1,30 metros. O professor Fabricio Sanguinetti, coordenador do laboratório responsável pela divulgação das imagens, destaca que essa mancha pode prejudicar os organismos aquáticos, afetando a pesca, fonte de renda para a região.
Na cidade de Rio Grande, no extremo sul da lagoa, o nível da água está 18 centímetros acima da linha do cais. Cidades vizinhas já contabilizam seis mil pessoas desalojadas, algumas declarando estado de calamidade pública, como Pelotas, Rio Grande, São Lourenço, São José do Norte e Arambáre.