Brasil

Nível do Guaíba baixa 17 cm em 12 horas, mas situação ainda é crítica em Porto Alegre

GIULIAN SERAFIM/PMPA

O nível do Guaíba em Porto Alegre apresentou uma leve retração de 17 centímetros nas últimas 12 horas, após ter ultrapassado a marca de 4 metros devido às fortes chuvas que atingiram a capital gaúcha. Apesar da ligeira melhora, a situação ainda é crítica, com a água permanecendo acima da cota de inundação e alagando diversas áreas do perímetro urbano. O cenário, segundo especialistas, indica uma cheia duradoura nos próximos dias.

De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), o nível do lago atingiu 4,32 metros na sexta-feira (24) por volta das 19h, e iniciou uma gradual descida, chegando a 4,15 metros na manhã deste sábado (25). Apesar da retração, a cota de inundação do Guaíba, fixada em 3 metros, ainda não foi atingida, o que significa que a água continua alagando áreas da cidade.

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Cientistas do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) alertam para a possibilidade de uma “cheia duradoura”, com a manutenção dos níveis elevados do Guaíba nos próximos dias. Segundo o IPH, os cenários de previsão indicam que “os níveis do Guaíba devem oscilar em torno da marca dos 4 metros”, podendo sofrer elevações pontuais devido à ação dos ventos e novas precipitações.

“As chuvas que já aconteceram nesta semana e as previstas para a próxima, somadas à manutenção dos patamares dos níveis, prolongarão a cheia”, destaca o instituto. A situação é agravada pela instabilidade climática, que já superou os 100 milímetros em 24 horas entre quinta e sexta-feira em Porto Alegre. Maio de 2024 se configura como o mês mais chuvoso na cidade em mais de um século, de acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) coletados desde 1916.

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As fortes chuvas e as cheias que assolaram o Rio Grande do Sul causaram um cenário de devastação no estado. Até o momento, 165 pessoas foram vítimas fatais do desastre, 63 estão desaparecidas e 806 ficaram feridas. As inundações também provocaram o deslocamento de 637 mil pessoas de suas casas.

Quatro das mortes confirmadas foram causadas por leptospirose, doença contraída por contato com água contaminada pelas enchentes. As autoridades pedem à população que evite contato com a água e que siga as orientações de segurança divulgadas pelos órgãos competentes.

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