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A Secretaria Estadual da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul confirmou nesta quarta-feira (29) mais duas mortes por leptospirose, elevando para sete o número total de óbitos causados pela doença desde o início dos temporais e cheias que assolaram o estado no final de abril. O surto de leptospirose, transmitida pela água contaminada com urina de ratos, tem preocupado autoridades de saúde.
O desastre começou em 29 de abril, quando um período de chuvas intensas atingiu a Região dos Vales. As enchentes subsequentes se espalharam, afetando a Região Metropolitana, o Vale do Taquari e o sul do estado. Ao todo, mais de 160 pessoas perderam a vida e cerca de 2 milhões foram afetadas pelas inundações no Rio Grande do Sul.
As mortes mais recentes ocorreram em Porto Alegre, envolvendo um homem de 56 anos, e em Canoas, com a vítima sendo um homem de 59 anos. As outras mortes ocorreram em Porto Alegre, Travesseiro, Venâncio Aires, Tramandaí e Cachoeirinha, segundo informações da SES. Além disso, há 10 mortes em investigação e 141 casos confirmados de leptospirose.
Os exames que confirmam os casos de leptospirose são realizados pelo Laboratório Central (Lacen) do RS. Os especialistas utilizam dois tipos de diagnóstico: a biologia molecular (RT-PCR) para casos suspeitos nos primeiros sete dias de sintomas, e o diagnóstico sorológico, que detecta anticorpos produzidos pelo organismo do paciente após sete dias de sintomas.
A primeira vítima de leptospirose após as cheias foi Eldo Gross, um homem de 67 anos, residente em Travesseiro, no Vale do Taquari.