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Cheias no Afeganistão afetam dezenas de milhares de crianças

Foto: WikiImages/Pixabay

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Dezenas de milhares de crianças no Afeganistão continuam a ser afetadas pelas cheias, especialmente nas regiões norte e oeste do país, alertou nesta segunda-feira (03) a UNICEF, agência das Nações Unidas para a infância. “A comunidade internacional deve redobrar os esforços e investimentos para apoiar as populações a adaptar-se ao impacto das alterações climáticas nas crianças”, disse Tajudeen Oyewale, representante da UNICEF no Afeganistão.

Oyewale também enfatizou que “a UNICEF e as organizações humanitárias devem preparar-se para uma nova realidade de desastres relacionados com o clima.”

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Chuvas sazonais, invulgarmente intensas, têm causado estragos em várias partes do Afeganistão, resultando na morte de centenas de pessoas e na destruição de propriedades e colheitas. A UNICEF afirmou que as condições meteorológicas extremas têm todas as características de “uma crise climática cada vez mais intensa,” com algumas áreas tendo enfrentado seca no ano passado.

Segundo o Programa Alimentar Mundial (PAM), as chuvas excepcionalmente fortes no Afeganistão mataram mais de 300 mil pessoas e destruíram milhares de casas, principalmente na província de Baghlan, no norte do país. Os sobreviventes ficaram sem casa, sem terra e sem meios de subsistência, informou o PAM.

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O Afeganistão ocupa o 15º lugar entre 163 países no Índice de Risco Climático para as Crianças. Isso indica que os “choques climáticos e ambientais” são frequentes no país, e as crianças são particularmente vulneráveis aos efeitos do mau tempo em comparação com outras regiões do mundo.

Na semana passada, a organização não-governamental Save the Children alertou que cerca de 6,5 milhões de crianças no Afeganistão podem enfrentar níveis extremos de fome em 2024. Quase três em cada 10 crianças afegãs devem enfrentar níveis de crise ou emergência de fome este ano, devido ao impacto imediato das inundações, aos efeitos prolongados da seca e ao retorno dos refugiados afegãos dos países vizinhos, Paquistão e Irã, conforme o relatório da organização.

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Desde setembro de 2023, mais de 557 mil afegãos retornaram do Paquistão, após o país ter começado a reprimir estrangeiros que alega estarem no país ilegalmente, incluindo 1,7 milhões de refugiados afegãos.

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