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Ricardo Rocha Falco, amigo do ex-jogador Robinho, que também foi condenado a nove anos de prisão por estupro pela Justiça da Itália, se apresentou à Polícia Federal (PF) de São Paulo na noite desta sexta-feira (7).
O mandado de prisão foi expedido nesta sexta-feira. A prisão ocorre após a determinação da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), na quarta-feira (5), para que ele cumpra imediatamente a pena no Brasil pelo crime de estupro coletivo contra uma mulher de origem albanesa, hoje com 32 anos.
Segundo o advogado de defesa Fabio Costa, Falco realizará exame de corpo de delito e será conduzido ao prédio da PF. Neste sábado (8), está prevista uma audiência de custódia na Justiça Federal, após a qual ele será encaminhado a uma unidade do sistema prisional, possivelmente a Penitenciária de Tremembé, interior de São Paulo, onde Robinho está detido.
“A decisão já era esperada, ele já recebeu essa notícia de que seria expedido o mandado de prisão quando foi expedido o do Robinho. […] Lógico que ninguém recebe uma notícia assim tranquilamente, mas ele estava ao lado da família o tempo todo de prontidão. Ele disse que assim que o mandado de prisão fosse expedido, ele iria se apresentar”, afirmou o advogado. Costa também informou que já entrou com pedido de habeas corpus.
O crime ocorreu em 2013 em uma boate de Milão, quando Robinho era jogador do Milan. A decisão final, da 3ª Seção Penal do Supremo Tribunal de Cassação de Roma, saiu em janeiro de 2022.
Falco e Robinho foram os únicos condenados pela Justiça da Itália em todas as instâncias. Outros cinco amigos de Robinho não foram julgados, pois estavam no Brasil quando as investigações começaram na Itália.
Após a condenação, o governo italiano solicitou ao brasileiro que cumprissem a pena no Brasil, já que a Constituição impede a extradição de brasileiros natos para cumprimento de penas no exterior.
Em março deste ano, a Corte Especial do STJ autorizou o cumprimento da pena de Robinho por 9 votos a 2, atendendo ao pedido do governo italiano.
Robinho foi preso pela Polícia Federal em Santos, no litoral de São Paulo, no dia 21 de março, e encaminhado ao complexo penitenciário em Tremembé, onde deve permanecer ao menos três anos em regime fechado. Em abril, ele deixou o isolamento e passou a dividir cela com outro detento.