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O município de Porto Alegre representa 28,7% dos casos suspeitos de leptospirose no Rio Grande do Sul, conforme dados da Secretaria de Saúde do estado. Dos 3.772 registros de suspeitas, 1.082 são na capital. Das investigações realizadas, 242 casos foram confirmados, representando 6,4% das notificações. A leptospirose é uma doença infecciosa causada pela bactéria leptospira, presente na urina contaminada de roedores, especialmente ratos. O estado enfrenta um agravamento da situação devido às enchentes que o atingem desde o fim de abril.
Além de Porto Alegre, 21 municípios registram suspeitas de leptospirose. Canoas contabiliza 294 notificações (7,8%), seguido por São Leopoldo (228 – 6%) e Sapucaia do Sul (189 – 5%). Os dados foram atualizados pela secretaria na quinta-feira (6).
A Defesa Civil estadual informou que 172 pessoas morreram devido às enchentes, com 41 desaparecidas. Além disso, 30.442 pessoas estão em abrigos e 572.781 foram desalojadas. Ao todo, 2,3 milhões de pessoas foram afetadas pelas chuvas em 476 municípios, o que representa 95% do estado.
A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou 15 mortes por leptospirose, com mais cinco óbitos em investigação. Porto Alegre e Novo Hamburgo registraram duas mortes cada, com outras 11 cidades também relatando óbitos. A distribuição das suspeitas por município inclui:
– Porto Alegre: 1.082
– Canoas: 294
– São Leopoldo: 228
– Sapucaia do Sul: 189
– Novo Hamburgo: 159
– Alvorada: 119
– Igrejinha: 107
– Venâncio Aires: 95
– Santa Cruz do Sul: 87
– Viamão: 74
– Esteio: 66
– Lajeado: 54
– Guaíba: 49
– Estrela: 46
– Gravataí: 44
– Três Coroas: 42
– Rio Grande: 39
– Cachoeirinha: 38
– Campo Bom: 36
– Rio Pardo: 28
A leptospirose tem um período de incubação que pode variar de um a 30 dias, geralmente manifestando sintomas entre sete e 14 dias após a exposição. Os sintomas iniciais incluem febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, vômitos, diarreia e tosse. Nos casos mais graves, pode haver icterícia, hemorragia, meningite, e insuficiências renal, hepática ou respiratória, necessitando de hospitalização.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, alertou que o Rio Grande do Sul pode registrar até 1.600 casos de leptospirose devido às enchentes, destacando a importância de procurar atendimento médico ao surgirem sintomas e evitar automedicação.