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PF deve instaurar inquérito para investigar irregularidades em leilão de arroz do Governo Lula

Imagem de jcomp via Freepik

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Polícia Federal (PF) deve abrir ainda nesta quarta-feira (12) um inquérito para apurar suspeitas de irregularidades no leilão de arroz promovido pelo governo federal, cujo resultado foi anulado na última terça-feira (12). A informação é do jornal O Globo. A anulação do certame ocorreu devido às suspeitas de irregularidade na compra.

A União pretende fazer novo pregão, mas a data não foi definida. O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, envolvido no processo da compra, foi demitido oficialmente nesta manhã.

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O texto do edital do novo leilão será elaborado em parceria com a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Controladoria Geral da União (CGU).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu cancelar o leilão de arroz após reunião com os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Carlos Fávaro (Agricultura) e o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.

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A decisão visa a inclusão de critérios mais rigorosos no próximo leilão, a fim de inibir a participação de empresas com fragilidades técnico-financeiras.

De acordo com a Lei de Licitações, os vencedores do leilão só podem ser anunciados após a apresentação das propostas. A exigência de uma maior capacidade econômica é vista como uma garantia de que a empresa vencedora terá condições de cumprir a importação do arroz.

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O cancelamento do leilão também foi motivado pelas suspeitas geradas em torno das empresas vencedoras. Duas empresas criadas por um ex-assessor de Neri Geller – a Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT) e a Foco Corretora de Grãos – intermediaram a venda do arroz, representando três das quatro empresas vencedoras: ARS Locação de Veículos e Máquinas, Zafira Trading e Icefruit Indústria e Comércio de Alimentos. Essas empresas levantaram desconfiança por não terem histórico de atuação no mercado de arroz. O ex-assessor também é sócio do filho de Geller.

A maior parte do arroz, equivalente a 56% do total, foi arrematada por uma mercearia de bairro de Macapá, registrada como Wisley A. de Sousa Ltda. Em nota oficial, a empresa afirmou possuir mais de 17 anos de experiência no comércio atacadista, armazenamento e distribuição de produtos alimentícios em todo o país, com um faturamento superior a R$ 60 milhões no último ano.

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