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O Instituto de Segurança Pública do Estado (ISP) divulgou dados que apontam um aumento significativo nos casos de maus-tratos contra crianças de até 11 anos na cidade do Rio de Janeiro nos últimos três anos. Segundo o ISP, o número de registros cresceu 173% nesse período.
Entre 2020 e 2023, os registros desse tipo de crime na faixa etária mencionada subiram de 118 para 323 casos.
Conforme o ISP, em 2023, 47% dos casos registrados foram cometidos por parentes próximos às vítimas, como pais, mães, padrastos ou madrastas. Apenas no ano passado, houve 157 casos em que esses parentes foram identificados como autores das agressões.
De acordo com o ISP, em 2023, 55% das crianças vítimas de maus-tratos são do sexo masculino, sendo a maioria delas com idades entre 4 e 8 anos.
**Aumento de 73% nos casos de violência contra crianças em todo o Estado**
O crescimento no número de casos de violência contra crianças de até 11 anos não se restringe apenas à capital fluminense. Dados do ISP mostram que em todo o estado houve um aumento de 73% nos últimos três anos.
No Rio de Janeiro, o total de registros desse tipo de crime saltou de 426 em 2020 para 741 em 2023.
De acordo com os dados de 2023, 45,5% dos atos de violência foram praticados por pais, mães, padrastos ou madrastas, totalizando 337 registros de maus-tratos contra crianças nessa faixa etária cometidos por parentes próximos.
Os meninos também representam a maioria (55%) das vítimas em todo o estado, sendo que 79 casos envolviam crianças de apenas 4 anos de idade.
Segundo o ISP, a violência doméstica contra a criança é uma realidade preocupante, onde a mãe é responsável por 55% dos casos relatados em 2023.
**Resgate de crianças vítimas de maus-tratos**
No último sábado (8), conselheiros tutelares resgataram uma menina de 11 anos que era vítima de maus-tratos praticados por sua própria mãe. A ação ocorreu em um bairro central do Rio de Janeiro.
As imagens mostram a menina amarrada e sufocada com um saco plástico, enquanto a mãe repete frases perturbadoras. As crianças foram encaminhadas para abrigos municipais.
O caso agora está sob análise judicial para decidir sobre a guarda das crianças. Até a decisão, elas permanecerão sob os cuidados do município.