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O motivo que levou o PCC a executar dois membros envolvidos no plano de sequestro de Moro

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A Polícia Civil de São Paulo e a Secretaria de Administração Penitenciária estão investigando a morte de dois detentos no presídio de Presidente Venceslau, no extremo oeste de São Paulo. As vítimas, Janeferson Aparecido Mariano e Reginaldo Oliveira Souza, conhecidos como “Nefo” e “Rê”, respectivamente, eram membros de um grupo de elite dentro da facção criminosa PCC, chamado “Sintonia Restrita”.

Os dois detentos, mortos nesta segunda-feira (17), foram identificados como mentores de um plano para sequestrar o ex-ministro da Justiça e atual senador Sérgio Moro (União Brasil). A principal suspeita é que eles foram executados pelo tribunal do PCC por terem falhado no plano e fornecido provas para a Polícia Federal (PF), resultando na deflagração da Operação Sequaz, que frustrou a execução do sequestro.

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Durante a Operação Sequaz, um dos principais líderes do PCC, Patrick Uelinton Salomão, o “Forjado”, permaneceu foragido. Provas encontradas nos aparelhos de telefone de Nefo e de sua esposa, Aline Paixão, que foi presa e depois solta, teriam sido o motivo da execução. Forjado, membro da cúpula do PCC, havia deixado a Penitenciária Federal de Brasília em 2022, após cumprir pena de quase 16 anos, e não foi encontrado pela PF durante a operação.

A PF identificou, em trocas de mensagens entre Nefo e sua esposa, códigos usados para identificar os alvos e prints de tela de videochamadas com os cinco coordenadores do plano. As investigações envolveram a PF, o Gaeco de São Paulo e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), resultando em ações em janeiro, março e dezembro de 2023 contra os envolvidos.

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Um ex-integrante do PCC delatou a missão, apontando o líder Marcola como o principal beneficiado. As provas mostraram um plano abrangendo mais de um estado, com o objetivo de atacar autoridades, incluindo o promotor Lincoln Gakiya, do Gaeco, que seria um dos alvos do plano frustrado.

À TV Globo, Gakiya afirmou: “Eu tenho dito na verdade que os indícios indicam que houve uma ordem, uma determinação da cúpula. Porque eles [Nefo e Rê] eram integrantes do PCC e eram integrantes importantes. O Reginaldo, o Rê, era um dos líderes de rua do PCC em São Paulo, e o Janeferson, o Nefo, era o responsável pelo setor que eles chamam de ‘Restrita’, que é um setor que existe para cometer atentados e resgates.”

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Reginaldo e Janeferson foram presos em março de 2023, durante a Operação Sequaz, que investigou o plano elaborado pela facção criminosa contra agentes públicos, como o senador Sérgio Moro e outras autoridades. Para Gakiya, há chances de os crimes serem uma “queima de arquivo” ou um “acerto de contas” dentro do próprio PCC. “É prematuro dizer isso ainda, mas pode ser uma queima de arquivo. Pode ser, na verdade, um dos corréus da Operação Sequaz que está em liberdade, que é o Patrick Ueliton Salomão, o vulgo dele é ‘Forjado’, esse indivíduo é um ‘sintonia final’ do PCC de rua e ele teve uma desavença com o Janeferson, porque a foto dele, o Patrick, junto com a do Rê e de outros acabaram sendo de conhecimento aqui do Gaeco e da Polícia Federal, porque o Janeferson fez um print de tela durante uma conversa da ‘sintonia final’ dos integrantes de cúpula”, disse Gakiya.

Os autores dos crimes foram isolados e identificados como Elidan Silva Ceu (Taliban), Jaime Paulino de Oliveira (Japonês), Luis Fernando Baron Versalli (Barão ou Barom), e Ronaldo Arquimedes Marinho (Saponga). Os quatro presos confessaram o crime e apontaram um desentendimento entre eles como motivação.

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