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Em entrevista ao SBT Brasil, Jéssica Amaral afirmou que gastou mais de R$ 170 mil no Jogo do Tigrinho desde o ano passado. No começo, ela se iludiu ao ganhar algumas vezes. “Eu não jogo mais pelo dinheiro, é pela emoção, prazer de estar ali jogando, apostando”, contou a mulher.
Pouco tempo depois, Jéssica Amaral alega que deixou de pagar contas pessoais e começou a vender objetos de casa para conseguir apostar. A mulher disse ainda que vendeu até os brinquedos do filho para alimentar o vício.
O “transtorno do jogo”, reconhecido oficialmente como uma patologia, afeta cerca de 2 milhões de brasileiros. Inicia-se com a ilusão de enriquecimento rápido, muitas vezes promovida por influenciadores digitais que exibem luxos supostamente obtidos através de ganhos substanciais.
Os efeitos do vício em jogos digitais, como no caso do Tigrinho, são equiparados aos da dependência química em drogas, impactando profundamente o cérebro.
A facilidade e rapidez do acesso a esses jogos online, disponíveis na palma da mão a qualquer hora, amplificam ainda mais o problema.
O tratamento para combater essa dependência é complexo e multidisciplinar. Uma abordagem possível é substituir o vício por estímulos alternativos que proporcionem prazer ao cérebro, como a prática regular de exercícios físicos, conforme explica o psiquiatra.