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Mais de 460 padres, bispos e diáconos da Igreja Católica divulgam manifesto conjunto contra PL do Aborto

Foto: Reprodução

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Recentemente, um grupo de 461 diáconos, bispos e padres da Igreja Católica, chamado de “Padres da Caminhada”, divulgou um manifesto contra o projeto de lei sobre o aborto (PL do Aborto), que equipara o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio.

O “Padres da Caminhada” afirma que não é favor do aborto, mas contra “a substituição de políticas públicas por leis punitivas às vítimas de estupro e abuso, imputando-lhes um crime seguido de pena maior do que o dos estupradores”.

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De acordo com o manifesto dos membros da Igreja Católica, o PL do Aborto “acarreta a grave consequência de penalizar as mulheres pobres que não podem sequer usar o sistema público de saúde”.

“Esta ‘vingança social’ acarreta a grave consequência de penalizar as mulheres pobres que não podem sequer usar o sistema público de saúde. Ademais, a criminalização das mulheres não diminui o número de abortos. Impede apenas que seja feito de maneira segura”, diz um dos trechos do manifesto.

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Em outro trecho, os religiosos católicos dizem que “criminalizar uma mulher vítima de estupro e abuso é violentá-la novamente”.

“Que nossos legisladores sejam sinceros e tenham discernimento para perceber a condição sofredora da imensa maioria do povo brasileiro, particularmente das mulheres, e abraçá-las e protegê-las com a mais profunda humanidade. Que tenham sensibilidade para perceber que nossas ruas estão ensanguentadas e nossa infância abandonada e, consequentemente, não elaborem projetos eleitoreiros perversos, brincando com vidas humanas pobres, desvalidas e invisíveis”, dizem os religiosos.

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