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PF faz operação contra ex-servidores da Abin e influenciadores do suposto “gabinete do ódio” por espionagem ilegal

Foto: José Cruz/Agência Brasil

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A Polícia Federal (PF) realiza na manhã desta quinta-feira (11) a quarta fase da Operação Última Milha, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida no monitoramento ilegal de autoridades públicas e na produção de notícias falsas, utilizando sistemas da Abin.

Policiais federais estão cumprindo cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, nas cidades de Brasília (DF), Curitiba (PR), Juiz de Fora (MG), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

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Os alvos da operação incluem ex-servidores cedidos para a Abin e influenciadores digitais associados ao suposto “gabinete do ódio” do Governo Bolsonaro (PL).

As investigações desta fase revelaram, de acordo com a PF, que membros dos Três Poderes e jornalistas foram vítimas das ações do grupo, que criou perfis falsos e divulgou informações sabidamente falsas.

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Segundo a PF, a suposta “organização criminosa” também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

“Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio”, informou a PF em nota.

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A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) utilizou um programa secreto chamado FirstMile para monitorar a localização de alvos pré-determinados por meio de aparelhos celulares. Após uma reportagem do jornal O Globo, a Polícia Federal abriu um inquérito que identificou o uso da ferramenta para monitorar políticos, jornalistas, advogados e adversários do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Segundo a Polícia Federal, além de policiais federais e servidores da Abin, o então diretor da agência à época, Alexandre Ramagem, e o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, estão sendo investigados por suposta participação na chamada “Abin paralela”. Ambos foram alvos de mandados de busca e apreensão e negam as acusações.

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