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O Amazonas enfrenta uma crise ambiental sem precedentes com a recente explosão de queimadas na região. Dados do Programa BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), revelam que o estado teve impressionantes 878 focos de calor em apenas uma semana, de 14 a 20 de julho de 2024. Este número alarmante representa um aumento de 387% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 180 focos.
O dia mais devastador da semana passada foi a quinta-feira (18), quando o Amazonas registrou 260 focos de calor, configurando um verdadeiro inferno verde. No sábado (20), o número ainda era alto, com 234 focos de incêndio. Essa intensificação das queimadas coloca em xeque a capacidade de resposta das autoridades e aumenta o risco de um desastre ambiental de proporções ainda maiores.
Segundo o Inpe, os municípios de Lábrea e Apuí, localizados na região conhecida como “arco do fogo”, no sul do Amazonas, figuram como o segundo e terceiro com maior número de focos de calor no país em julho. Até o sábado (20), Lábrea registrava 317 queimadas, enquanto Apuí contabilizava 314 focos de incêndio.
Corumbá no topo da lista nacional
Apesar da situação alarmante no Amazonas, o município de Corumbá, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, lidera o ranking nacional de cidades com mais focos de calor em julho, com 409 registros. As demais cidades que completam o top 5 são:
- Lábrea (AM): 317 focos de calor;
- Apuí (AM): 314 focos de calor;
- Porto Velho (RO): 278 focos de calor;
- Itaituba (PA): 252 focos de calor.
Estado em emergência ambiental: 22 municípios em situação crítica
Diante da gravidade da situação, o Amazonas decretou estado de emergência ambiental em 22 dos seus 62 municípios. A medida visa facilitar o acesso a recursos e agilizar ações de combate ao fogo. O cenário atual remete ao ano de 2023, quando o estado registrou mais de 20 mil queimadas, o segundo pior ano desde 1998.