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‘Crime da Berrini’: Viúva que mandou matar marido pede autorização para cursar Enfermagem

Foto: Reprodução

Condenada a 21 anos de prisão pelo assassinato do marido no caso conhecido como ‘Crime da Berrini’, a professora Eliana Freitas Areco Barreto solicitou à Justiça permissão para cursar faculdade. Segundo informações obtidas pelo g1, Eliana foi aprovada no Enem e deseja estudar Enfermagem em uma instituição de ensino em Taubaté.

O pedido foi formalizado pelo advogado Sérgio Salgado Ivahy Badaró na última sexta-feira (19), uma semana após a Justiça autorizar que Eliana cumpra sua pena em regime semiaberto.

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A progressão de Eliana para o regime semiaberto foi concedida pelo juiz José Loureiro Sobrinho em 12 de julho, considerando o tempo de pena cumprido e a boa conduta carcerária da detenta. O juiz também levou em conta um parecer favorável do Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

A Secretaria da Administração Penitenciária informou que Eliana foi transferida para uma ala de progressão no mesmo dia da decisão.

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No início do mês, um exame criminológico anexado ao processo de Eliana indicou que ela tem seguido as regras da instituição e não tem histórico de infrações disciplinares ou comportamentos agressivos. O relatório destacou sua inteligência acima da média, maturidade e reconhecimento de responsabilidade pelo crime. O documento também menciona seu papel como monitora de educação e sua crença de que seu testemunho pode ajudar outras reeducandas.

A assistente social Daniele Couto de Oliveira elaborou um relatório detalhando características de Eliana, como sua calma, discurso coerente e autocrítica significativa, além de um forte senso de responsabilidade pelos danos causados, especialmente pela ausência do pai na vida dos filhos.

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Já o relatório psicológico, assinado por Monique Zacharia Chagas, cita que a condenada se arrepende de “ter se envolvido com a pessoa errada”. “No que se refere ao delito, refere arrependimento por ter se envolvido com a pessoa errada, assume sua responsabilidade frente ao ocorrido. Diz que embora não tenha cometido o ato, não fez nada para impedir que ocorresse”, diz o relatório.

O documento ainda cita que Eliana Freitas Areco Barreto afirmou que, caso seja concedida a progressão ao regime semiaberto, “pretende iniciar uma faculdade de enfermagem, vislumbrando trabalhar com seus irmãos médicos no hospital que eles administram”.

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A diretora técnica I do Núcleo de Trabalho e Educação do presídio destacou as atividades realizadas pela professora na prisão, como serviços gerais de limpeza, artesanato, monitoria e o trabalho na unidade de confecção da Funap. Na avaliação da profissional, a detenta tem classificação “muito boa”.

“Trata-se, ainda, de uma reeducanda muito educada, que desempenha suas tarefas de forma satisfatória e mantém um bom relacionamento no ambiente ocupacional […]. Desta feita, o rendimento da reeducanda fica classificado como muito bom”, diz o documento, datado do último dia 20 de junho.

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A diretora técnica II, Ludimila Martins Pombo Albanese conclui que a professora “apresenta bom processo de amadurecimento, estando apta para o regime mais brando”.

Após a análise do relatório, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) emitiu um parecer favorável à progressão de Eliana Freitas Areco Barreto para o regime semiaberto. O documento foi assinado pelo promotor Silvio Brandini Barbagalo.

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O pedido da defesa de Eliana, que residia em Aparecida (SP) na época do crime, foi protocolado no fim de março. Os advogados da professora basearam-se no artigo 112 da Lei de Execuções Penais para a solicitação.

Esse artigo determina que, em casos como o de Eliana — um crime hediondo cometido por réu primário — é necessário cumprir 40% da pena em regime fechado. Segundo a defesa, esse período foi concluído em 24 de março.

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Os advogados também ressaltaram a boa conduta carcerária da professora, argumentando que isso “demonstra a efetividade do processo de ressocialização”.

Durante seu tempo na prisão, Eliana Freitas participou de diversas atividades, incluindo monitoria de cultura, serviços gerais e artesanato. Ela também se envolveu em oficinas de estudo, como um clube de literatura.

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