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A greve dos rodoviários que começou nesta segunda-feira (12) no Grande Recife trouxe grandes transtornos para os passageiros do transporte público. Desde a meia-noite, motoristas de ônibus do Sistema Público de Transporte de Passageiros (STTP) paralisaram suas atividades, resultando em poucos ônibus circulando e longas filas nos terminais e estações de integração.
O Grande Recife Consórcio de Transporte (GRCT) estima que cerca de 1,2 milhão de passageiros sejam impactados pela greve. A paralisação foi decidida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários Urbanos de Passageiros do Recife e Região Metropolitana Mata Sul e Norte de Pernambuco (STTREPE), após negociações frustradas com os empregadores.
Os motoristas rejeitaram a proposta que incluía um aumento de 0,5% acima da inflação, além de um vale-alimentação de R$ 400 e um abono de R$ 180 para aqueles que desempenham funções duplas. O sindicato argumenta que as propostas não atendem às necessidades dos trabalhadores.
Para minimizar os efeitos da greve, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) está considerando estender o horário de pico do metrô das 5h às 9h30, ao invés do horário habitual das 5h às 8h30, se necessário. A CBTU acompanhará a situação com um circuito de videomonitoramento que conta com 1.380 câmeras para decidir a melhor forma de atuação.
O GRCT enviou um ofício ao STTREPE solicitando que ao menos 70% da frota de ônibus opere durante os horários de pico (das 5h às 9h e das 16h às 20h) e que 50% dos ônibus circulem em outros horários. O consórcio também pediu comunicação formal com antecedência mínima de 72 horas e divulgação dos comunicados à imprensa.
Além disso, a Urbana-PE, responsável pelo gerenciamento do transporte público, recorreu à Justiça do Trabalho para solicitar o fim da greve. Bernardo Braga, coordenador técnico da Urbana-PE, informou que atualmente apenas 25% da frota está em operação.