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A crise ambiental em Manaus se agrava a cada dia. A fumaça proveniente das intensas queimadas na Amazônia voltou a encobrir a cidade nesta terça-feira (27), causando um impacto significativo na qualidade do ar e na saúde da população.
Segundo dados do Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), a capital amazonense atingiu níveis críticos de poluição, com alguns bairros registrando índices de qualidade do ar classificados como “péssimos”. O bairro Aleixo, por exemplo, apresentou uma concentração de partículas finas 5,6 vezes superior ao limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A mudança na direção dos ventos, causada por uma frente fria que atingiu o sul do estado, foi a principal responsável por levar a fumaça até Manaus. Esta é a sexta vez que o fenômeno ocorre neste mês, evidenciando a gravidade da situação e a necessidade de ações urgentes para combater as queimadas e proteger a floresta.
A exposição à fumaça pode causar diversos problemas de saúde, como irritação nos olhos, nariz e garganta, dificuldades respiratórias, tosse, e até agravar doenças preexistentes, como asma e bronquite. Crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias crônicas são os mais vulneráveis aos efeitos da poluição do ar.
Diante da gravidade da situação, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que os ministérios da Defesa, da Justiça e do Meio Ambiente mobilizem efetivo para atuar no combate aos incêndios no Pantanal e na Amazônia. A medida busca intensificar as ações de prevenção e combate às queimadas, além de punir os responsáveis por esses crimes ambientais.