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Esquema bilionário que usou fintechs ilegais atendia facções, diz Polícia Federal

(PF)

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Na manhã desta quinta-feira (28), a Polícia Federal de Campinas (SP) deflagrou uma operação que resultou na prisão de 14 suspeitos envolvidos em um esquema de fraude financeira. As empresas sob investigação, identificadas como fintechs, ofereciam contas clandestinas para indivíduos e empresas com bloqueios tributários, permitindo que realizassem transações financeiras fora do sistema bancário tradicional.

A Polícia Federal estima que a quadrilha tenha movimentado cerca de R$ 7,5 bilhões com o esquema.

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A investigação revelou que a organização criminosa operava por meio de dois bancos digitais, denominados fintechs, que ofereciam contas clandestinas em sites da internet.

Essas contas permitiam transações financeiras ocultas dentro do sistema bancário oficial e eram usadas por facções criminosas, empresas com dívidas trabalhistas e tributárias, e para diversos fins ilícitos.

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Inicialmente, a PF mencionou que 17 pessoas haviam sido presas, mas o número foi corrigido para 14 até a última atualização. As fintechs investigadas, Inovepay e T10 Bank, não possuíam autorização do Banco Central (Bacen) para operar no Sistema Financeiro Nacional.

Patrick Burnett, presidente da Inovepay, está entre os presos. A empresa negou qualquer envolvimento com as atividades ilegais e afirmou que não se trata de uma instituição financeira ou banco digital, em desacordo com as alegações da PF.

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Fintechs são geralmente empresas que utilizam tecnologia para inovar no mercado financeiro e são consideradas instituições de pagamento, focadas principalmente na oferta de maquininhas de cartão de débito e crédito.

A PF informou que os clientes das fintechs eram “sonegadores contumazes” com altas dívidas e bloqueios tributários, utilizando os serviços das fintechs para fraudar a execução fiscal. Algumas dessas pessoas, segundo as investigações, possuíam débitos de até R$ 254 milhões inscritos em dívida ativa da União.

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O esquema envolvia a utilização de contas correntes em bancos comerciais tradicionais, conhecidas como “bolsões”, para realizar transações financeiras de forma “invisível”.

Assim, os clientes das fintechs conseguiam movimentar valores sem serem identificados pelo Sistema Financeiro Nacional.

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Entre 2020 e 2023, as fintechs movimentaram R$ 3,5 bilhões, conforme a PF. A operação cumpriu dez mandados de prisão preventiva, sete de prisão temporária e 60 de busca e apreensão, abrangendo 15 cidades em São Paulo e Minas Gerais.

Campinas concentrou 13 das prisões, enquanto São Paulo, Ilhabela, Sorocaba e Americana registraram uma prisão cada.

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A polícia também solicitou o bloqueio de R$ 850 milhões em contas associadas à organização criminosa e a suspensão das atividades de 194 empresas usadas para disfarçar as transações irregulares. Além disso, foram canceladas duas inscrições da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e quatro registros de contadores.

O material apreendido, incluindo malotes de dinheiro, foi encaminhado à sede da Polícia Federal de Campinas. A operação contou com a participação de 200 policiais federais e visou, entre outros alvos, as sedes dos bancos digitais irregulares e instituições administradoras de cartões de crédito. A Receita Federal aplicou sanções fiscais às pessoas jurídicas investigadas.

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Os advogados do Inove Global Group afirmaram que ainda não tiveram acesso integral à investigação, negaram veementemente qualquer relação com os fatos e destacaram a disposição em colaborar com as autoridades. A empresa se descreveu como uma tecnologia ligada a meios de pagamento, não uma instituição financeira ou banco digital.

Os envolvidos responderão por gestão fraudulenta de instituições financeiras, operação de instituição financeira não autorizada, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária e organização criminosa. O nome da operação, “Concierge”, faz referência ao profissional que atende necessidades específicas de clientes e remete à oferta de serviços clandestinos para ocultação de capitais.

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