Brasil

Criminosos Usam Escolas no Rio para Monitorar Polícia e Esconder Drogas

(TV Globo)

A utilização de estruturas escolares para atividades criminosas tem se tornado uma preocupação crescente no Rio de Janeiro. Relatos da TV Globo, divulgados nesta sexta-feira (30), revelam que criminosos têm se aproveitado das escolas para esconder drogas, monitorar a presença policial e até mesmo para troca de tiros.

Na quinta-feira (29), uma operação policial resultou na apreensão de mais de 800 kg de drogas em uma escola municipal localizada na Nova Holanda, no Complexo da Maré. Essa apreensão segue uma outra no fim de semana anterior, quando 1 tonelada de drogas foi retirada de uma escola na mesma região. As operações de combate ao tráfico têm causado um impacto significativo nas atividades escolares, com cerca de 20 escolas da Prefeitura do Rio na Maré permanecendo fechadas há pelo menos duas semanas devido às operações de demolição dos chamados “condomínios do tráfico”. Esses imóveis foram erguidos sem a devida autorização municipal e sem seguir normas de segurança.

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Além das apreensões de drogas, a violência também tem sido uma constante. Vídeos recentemente divulgados mostram um homem armado com um fuzil em uma laje próxima a um CIEP (Centro Integrado de Educação Pública) na Maré. Em outra imagem, pelo menos 10 homens armados são vistos na rua de uma escola na mesma comunidade. No passado, traficantes foram flagrados realizando treinamento de guerrilha em uma piscina da região.

No Complexo do Alemão, na Zona Norte, traficantes criaram buracos em uma sala de aula para monitorar a movimentação policial. Em outro incidente no Complexo do Chapadão, um bandido foi filmado trocando tiros com a polícia dentro do pátio de uma escola.

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“A criminalidade local usa pessoas para fazer essa movimentação toda. Em relação às escolas, [fechar] é uma decisão da Secretaria Municipal de Educação. O que eu posso dizer é que a Segurança Pública vai garantir a segurança se a escola abrir. Estamos aqui para garantir a integridade física de todo aquele que vá para a escola, aluno, professor ou funcionário”, disse Victor Santos, secretário estadual de Segurança à emissora carioca.

“É absurdo que os criminosos não respeitem o lugar sagrado que é uma escola. Faço um clamor: Respeitem as nossas escolas, nossos professores e profissionais! A nossa secretaria tem um protocolo que é referência, que analisa vários fatores, todos os dias, desde muito cedo. Relacionado a operações, guerra de facções ou qualquer cenário de instabilidade para que a gente possa focar no bom funcionamento dessas escolas sempre que possível”, disse Renan Ferreirinha, secretário municipal de Educação.

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