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Amazônia vive ameaça de seca recorde e nova matança de botos

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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A Amazônia enfrenta a perspectiva de uma seca recorde em 2024, cenário que pode desencadear uma nova onda de mortes entre os botos-vermelhos, golfinhos de água doce exclusivos da região. De acordo com o governo do Amazonas, a estiagem já afeta quase 80 mil famílias, levando à declaração de emergência em todo o estado.

Em Tabatinga (AM), cidade com 70 mil habitantes localizada a 1,1 mil quilômetros a oeste de Manaus, o nível do Rio Solimões, um dos formadores do Rio Amazonas, atingiu -1,20 metro em 2 de setembro, superando o recorde histórico de -0,86 metro registrado em 2010.

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A seca não só isola comunidades ribeirinhas, mas também coloca em risco cerca de 900 botos-vermelhos no Lago Tefé. No ano passado, 178 desses animais morreram devido ao aumento da temperatura da água. Em 2 de setembro, o nível do Lago Tefé estava em 6,35 metros, 1,60 metro acima do mínimo registrado em 2023, mas com tendência de queda. Quanto menor o nível da água, mais quente ela se torna; na semana passada, a temperatura no fundo do lago subiu da média de 30°C para 33°C, com picos de 40,9°C em setembro de 2023.

Diante desse cenário, autoridades discutem a possibilidade de conduzir os botos para áreas mais frias do lago, especialmente na conexão com o Rio Solimões. Outra estratégia considerada é manter equipes no local para monitorar os animais e realizar resgates, uma medida vista como último recurso devido ao risco de causar ainda mais estresse aos mamíferos.

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