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O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), criticou severamente a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação ao combate às queimadas no Parque Nacional de Brasília. A crítica surgiu após o presidente demonstrar insatisfação com a atuação dos bombeiros no combate aos incêndios, que estão devastando a capital.
Em uma postagem nas redes sociais, Ibaneis Rocha acusou o presidente de demonstrar “desconhecimento” e “insensibilidade” em relação ao trabalho dos bombeiros e dos agentes envolvidos no combate às chamas. O governador destacou que o Parque Nacional de Brasília é uma área federal e que o DF se sente “sozinho” e “ignorado” pelas autoridades federais.
Entre os dias 1º e 16 de setembro, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) registrou mais de 6.302 hectares de vegetação queimados no DF, incluindo o Parque Nacional de Brasília, com um total de 1.546 ocorrências. Em resposta à crise, o governo federal anunciou na terça-feira (17) a liberação de R$ 514 milhões para o combate às queimadas em todo o Brasil.
Eis a íntegra da declaração de Ibaneis:
“O presidente revela não só desconhecimento, como também insensibilidade diante do efetivo trabalho do Corpo de Bombeiros de Brasília, da Defesa Civil e de outros agentes envolvidos, que se dedicam diuturnamente a combater os focos de incêndios e são comprometidos com ações preventivas ao longo de todo o ano. Por esta razão, são instituições respeitadas e admiradas pela população. Infelizmente, o presidente, como morador transitório de Brasília, deve estar preocupado em explicar a incapacidade e precariedade dos órgãos federais em regiões onde devia ser mais presente. Desleixo inclusive com o Parque Nacional, que apesar de ser uma área federal, segue ignorado pelas autoridades federais, deixando o DF sozinho na empreitada de sua preservação.
O incêndio no Parque Nacional de Brasília teve início no domingo (15) e continua a consumir a área de proteção ambiental. O local é gerido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, que classificou o incêndio como criminoso.
Além do grande incêndio, uma nova preocupação surgiu com a detecção de um incêndio subterrâneo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, embora o incêndio principal esteja controlado, as chamas estão queimando material orgânico sob a terra. As condições climáticas quentes e secas, combinadas com ventos fortes, podem fazer com que as chamas voltem à superfície, exigindo uma vigilância constante e reforço nas operações de combate.