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A Universidade Federal Fluminense (UFF) anunciou na última quinta-feira a aprovação de uma política de inclusão que reserva 2% das vagas de graduação para pessoas trans, além de garantir pelo menos uma vaga extra em cada programa de pós-graduação. A decisão foi tomada durante uma reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da instituição e começará a valer em 2025.
A expectativa é que, no primeiro ano dessa nova política de ação afirmativa, mais de 300 estudantes trans sejam beneficiados com a oportunidade de ingresso no ensino superior. Nos programas de mestrado e doutorado, onde 18 cursos já reservavam vagas para essa população, todos os programas devem disponibilizar pelo menos uma vaga a partir do próximo ano.
Localizada em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, a UFF conta com cerca de 66 mil alunos distribuídos em nove campi.
A proposta foi elaborada em conjunto com o movimento de estudantes trans, que colaborou diretamente com a gestão da universidade. A UFF estima que aproximadamente 360 pessoas sejam beneficiadas com essa nova medida.
Além da UFF, outras 12 instituições federais de ensino superior no Brasil também implementaram políticas de cotas para a população trans. A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) foi a mais recente a adotar essa iniciativa, anunciando sua decisão em 11 de setembro.
Vale ressaltar que a Lei 14.723/23 estabelece que as instituições federais de educação superior reservem vagas para estudantes negros, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência, além daquelas que cursaram integralmente o ensino fundamental ou médio em escolas públicas. Essa legislação reforça o compromisso do país com a inclusão e a igualdade de oportunidades.