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A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (03) uma operação em Parintins, no Amazonas, com o objetivo de desarticular uma associação entre integrantes de facções criminosas e agentes públicos suspeitos de crimes eleitorais em apoio a uma candidatura local.
As investigações revelaram que policiais militares estavam colaborando com o grupo para favorecer uma chapa que disputa a prefeitura da cidade. Indícios apontam que líderes comunitários ligados ao tráfico de drogas teriam ameaçado proibir candidatos de acessar determinados bairros.
Segundo a PF, há suspeitas de que os policiais não tenham reprimido essas ameaças, visando beneficiar a candidatura em questão.
“As ações coordenadas do grupo criminoso teriam promovido a espionagem de pessoas ligadas a um grupo político do município e também monitorado o deslocamento de policiais federais com a finalidade de frustrar a atuação da Polícia Federal”, informou a corporação, que cumpre nesta quinta-feira cinco mandados de busca e apreensão.
A Justiça Eleitoral determinou que os investigados não podem retornar a Parintins nem manter contato entre si ou com coligações partidárias do município. Para garantir a segurança das eleições, que ocorrerão no próximo domingo, a PF reforçou o efetivo na cidade.
Recentemente, um vídeo divulgado no Amazonas mostrou uma reunião entre integrantes do governo estadual discutindo ações para beneficiar uma candidata à prefeitura de Parintins. As imagens levaram a Justiça Eleitoral a suspender a entrega de cestas básicas e a afastar o comandante da Polícia Militar da cidade.
Em nota, o governo do Amazonas repudiou qualquer articulação que busque tumultuar o processo eleitoral e denegrir o trabalho das forças de segurança do estado, afirmando que as provas apresentadas têm fortes indícios de manipulação e carecem de respaldo judicial.
A operação da PF está relacionada a esse mesmo caso.