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O Brasil contabilizou 1.443 focos de incêndio na quinta-feira (03), conforme dados divulgados pelo sistema BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta sexta-feira (04). O Cerrado é o bioma mais afetado, concentrando 611 ocorrências, o que representa 42,3% do total.
O Pará lidera a lista de estados com queimadas, registrando 255 focos em 24 horas, seguido por Minas Gerais, com 245, e Tocantins, com 201.
Entre os seis biomas brasileiros, cinco apresentaram incidência de fogo. A Amazônia teve o segundo maior número de focos, totalizando 502, ou 34,8% das ocorrências.
O mês de setembro de 2024 encerrou com o pior registro de queimadas em 14 anos, com 83.157 ocorrências, o que representa o sétimo maior número na série histórica iniciada em 1998. Esse foi o pior mês até o momento, considerando que em setembro de 2010 foram registrados 109.030 focos. Em comparação a setembro do ano passado, quando 46.498 focos foram registrados, houve um aumento de 78,74%. Este mês é tradicionalmente marcado pelo pico de queimadas, que se estende até outubro.
Nos três primeiros dias de outubro, o Brasil acumulou 4.648 focos de incêndio, totalizando 214.856 ocorrências no ano. Além do aumento no número de incêndios, o país enfrenta uma seca histórica, considerada a pior estiagem em 44 anos, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
A seca e a estiagem, que impactam grande parte dos municípios brasileiros, são comuns durante o inverno, que ocorre de junho a setembro. No entanto, a intensidade das condições climáticas neste ano é atípica. Na região amazônica, os municípios enfrentam cerca de um ano de estiagem, a mais longa já registrada.