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A Polícia Civil indiciou uma mulher por aplicar golpes em clientes em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Júlia Soares, de 26 anos, fingia ser advogada e cobrava valores das vítimas para realizar procedimentos relacionados a processos. Ela conseguiu arrecadar mais de R$ 100 mil com suas fraudes, enganando até os proprietários do escritório de advocacia onde trabalhava.
As investigações da 76ª DP (Niterói) revelaram que Júlia foi contratada para prestar serviços administrativos após se apresentar como estudante de Direito prestes a se formar. No entanto, a polícia descobriu que ela havia cursado apenas alguns períodos e não renovou a matrícula. Os donos do escritório, confiantes na história da jovem, esperavam que ela completasse a faculdade para se tornar advogada. Em um ato de generosidade, chegaram a dar R$ 6 mil para Júlia cobrir despesas de um funeral que ela alegou ser da mãe.
Segundo a polícia, Júlia se apresentava como advogada para os clientes e recebia pagamentos diretamente em sua conta pessoal. As vítimas não desconfiavam do golpe, uma vez que ela era funcionária do escritório. Em um caso, uma das vítimas chegou a pagar cerca de R$ 140 mil. Os proprietários só descobriram a fraude quando os clientes começaram a procurá-los para saber sobre o andamento de seus processos.
Júlia foi indiciada por estelionato e falsa identidade.
“Ela não é foragida, nem está sendo procurada. Nós não tínhamos mais a situação flagrancial, porque esses fatos são passados, que estávamos investigando, descobrindo vítimas e analisando a conduta da indiciada. A partir do momento em que reunimos todos os elementos, a indiciamos. Essa investigação foi remetida ao Ministério Público, que oportunizará o oferecimento da denúncia, e ela se tornará ré no processo. Ao final do processo, ou até mesmo antes, como medida cautelar, o Ministério Público pode optar pela prisão dela”, explicou a delegada Iasminy Vergetti ao jornal local O Dia.