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PF faz operação contra bando que fatura R$ 1 bilhão com contrabando de cigarro e trabalho escravo

Foto: Ralf Kunze/Pixabay

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A Polícia Federal (PF), em parceria com a Receita Federal e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), iniciou, na manhã desta quarta-feira (09), as operações Sinal de Fumaça, em Uberaba (MG), e Nicotina Falsa, no Distrito Federal (DF).

Mais de 150 policiais federais estão cumprindo dois mandados de prisão, 39 de busca e apreensão, além de ordens judiciais para bloqueio e sequestro de bens dos suspeitos, todos expedidos pela 2ª Vara de Garantias de Goiânia (GO) e pela Justiça Federal de Uberaba. As ações estão sendo realizadas em Goiás, Minas Gerais, Pernambuco e no DF.

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As investigações tiveram início a partir de denúncias sobre a venda de cigarros falsificados ou contrabandeados em Valparaíso de Goiás (GO) e Uberaba. Em agosto, o site Metrópoles trouxe à tona a reportagem especial “Rota da Fumaça”, revelando que não existem barreiras eficazes para impedir que organizações criminosas despejem toneladas de cigarros de baixa qualidade no Brasil, aumentando os riscos à saúde dos consumidores.

Reportagens do Metrópoles acompanharam a Rota do Fumo em localidades como Suriname, Belém (PA) e Minas Gerais, revelando a rotina escravagista imposta por fábricas clandestinas e os processos de falsificação dos produtos.

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Os suspeitos da operação desta quarta-feira mantinham uma fábrica onde trabalhadores paraguaios eram explorados em condições análogas à escravidão, de acordo com a PF.

O inquérito policial indica que os investigados iniciaram suas atividades com a venda de cigarros legítimos, mas, em busca de maiores lucros, passaram a comercializar produtos provenientes de uma fábrica clandestina, possivelmente localizada em Minas Gerais. Durante as investigações, a PF coletou amostras dos cigarros e fumos vendidos, e laudos periciais confirmaram as suspeitas.

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Apesar da simplicidade das distribuidoras investigadas em Valparaíso de Goiás e Uberaba, análises de relatórios de inteligência financeira revelaram uma movimentação de R$ 1.473.870.264 relacionada ao esquema. O grupo também falsificava documentos e notas fiscais para driblar as fiscalizações nas rodovias brasileiras, chegando a ironizar as abordagens, afirmando que “aprendiam cada vez mais” com os fiscais e policiais a cada nova operação.

Os envolvidos poderão ser responsabilizados por crimes de falsificação de cigarros e documentos tributários, comércio de produtos impróprios para consumo, promoção de trabalho em regime análogo à escravidão e lavagem de dinheiro, com penas que podem ultrapassar 48 anos de prisão.

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