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Na manhã desta sexta-feira (11), a polícia do Rio de Janeiro fez uma descoberta alarmante em Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade. Dois carros estacionados na localidade conhecida como João XXIII foram encontrados com uma quantidade significativa de material explosivo, incluindo granadas, bombas caseiras, um detonador e galões de combustível. O arsenal, segundo informações, estaria destinado a conflitos entre milícias rivais na região.
Os veículos foram abandonados nas proximidades de quatro prédios públicos, que incluem a Escola Municipal Sindicalista Chico Mendes, o Ciep Papa João XXIII, o Colégio Estadual Liberdade e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) João XXIII. A presença desse material explosivo em áreas tão próximas de instituições de ensino e de saúde gerou preocupação nas autoridades e na comunidade local.
Assim que os agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) abriram os automóveis, o Esquadrão Antibombas foi acionado para lidar com a situação de forma segura. A rua onde os veículos estavam estacionados foi interditada por volta das 7h para garantir a segurança da população enquanto o esquadrão realizava a retirada dos explosivos.
A área era dominada por Jacão, um miliciano da quadrilha de Juninho Varão, que foi morto na semana passada por criminosos liderados por Paulo David Guimarães, conhecido como Naval. Naval é o sucessor de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, que está preso desde dezembro de 2023. A Polícia Civil informou em nota que as investigações indicam que o material apreendido pode pertencer ao grupo de Varão, que busca expandir seu controle na região após a morte de Jacão e poderia utilizar as bombas como forma de retaliação.
“As investigações seguem em curso, com o objetivo de identificar todos os envolvidos e desarticular o esquema criminoso, garantindo a segurança e a tranquilidade dos moradores da área”, afirmou a polícia. A operação reforça o compromisso das autoridades em combater o crime organizado e proteger a população.