Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Com mais de 2,3 mil focos de incêndio detectados nas últimas 48 horas, o Brasil já acumula, até o domingo (13), 226,6 mil registros de queimadas neste ano, conforme o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número representa um aumento de 76% em comparação com o mesmo período de 2023.
Os dados do Inpe mostram que 49,4% dos focos ocorreram na Amazônia. O Cerrado é o segundo bioma mais afetado, com 32,1% dos registros. No Pantanal, apesar de representar apenas 6% do total de focos no país, o bioma observou o maior crescimento de incêndios em relação ao ano anterior, com uma elevação de 1.240%.
De acordo com um boletim do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgado nesta segunda-feira (14), áreas do Pantanal e da Amazônia estão sob alerta de chuvas intensas. No entanto, o Inmet prevê que até dezembro a Região Norte terá predomínio de chuvas abaixo da média histórica, com baixos níveis de umidade no solo em grande parte da área no mês de outubro.
No estado do Pará, a Amazônia registrou 466 focos de calor nas últimas 48 horas, enquanto o Mato Grosso contabilizou 189.
No Matopiba, região que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia e é dominada pelo Cerrado, foram registrados 826 focos de incêndio nas últimas 48 horas.
A área está em alerta de baixa umidade, com risco aumentado de incêndios florestais em uma faixa que vai do Sul do Maranhão até o centro-norte baiano, passando por boa parte do Piauí.
Segundo o governo federal, 3.732 profissionais estão atuando no combate aos incêndios na Amazônia, Pantanal e Cerrado, com o apoio de 28 aeronaves.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, afirmou na última sexta-feira (11) que o governo federal está totalmente mobilizado para atender os estados afetados.
Góes explicou que o governo mantém uma Sala de Situação para monitorar as mudanças climáticas e discutir ações emergenciais diante dos fenômenos cada vez mais frequentes e severos.
A Agência Nacional das Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou situação de escassez hídrica nos rios Madeira e Purus, no Amazonas, Tapajós e Xingu, no Pará, além de toda a região hidrográfica do Paraguai, no Pantanal. Com a baixa dos níveis dos rios, comunidades ficaram isoladas na Amazônia e diversos rios registraram os menores níveis das séries históricas.
Nesse domingo (13), o Rio Paraguai registrou a mínima histórica, superando o recorde de 1964, na estação do município de Ladário, em Mato Grosso do Sul.