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A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou a infecção de três pacientes pelo superfungo Candida auris no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. Além desses casos, outros 22 estão sendo investigados na unidade de saúde.
Identificado pela primeira vez em 2009, o Candida auris é um fungo emergente conhecido por sua dificuldade de diagnóstico e potencial letalidade. Sua resistência a quase todos os antifúngicos disponíveis o classifica como um verdadeiro “superfungo”.
De acordo com informações do governo estadual, dos três pacientes infectados, dois receberam alta nos dias 20 de setembro e 2 de outubro, enquanto o terceiro permanece internado. Os 22 pacientes em monitoramento estão assintomáticos e aguardam os resultados de seus exames.
A SES-MG alertou sobre a alta transmissibilidade do fungo e sua capacidade de colonizar rapidamente a pele dos contaminados, assim como os ambientes ao redor. Em resposta à situação, o Hospital João XXIII implementou rigorosos protocolos de segurança, incluindo a higienização das mãos, uso de luvas e aventais por parte dos profissionais de saúde, além de testes para a detecção de novos casos.
Os primeiros casos suspeitos de Candida auris em Minas Gerais começaram a ser monitorados em 2021, após a confirmação da infecção no país. Desde então, foram registrados 129 casos suspeitos, dos quais três foram confirmados.
Em outubro de 2016, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiram um alerta epidemiológico sobre a presença do Candida auris em serviços de saúde na América Latina, enfatizando a necessidade de adoção de medidas de prevenção e controle.
A primeira confirmação do superfungo no Brasil foi notificada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro de 2020. O paciente infectado estava internado em um hospital em Salvador, na Bahia, e seu caso fez parte de um surto que resultou em 15 infecções e duas mortes.