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Com a chegada do quinto voo proveniente do Líbano à Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, na última segunda-feira (14), a Operação Raízes do Cedro, promovida pelo Governo Federal, já resgatou 1.105 pessoas e 14 animais de estimação (dez gatos e quatro cachorros) desde o início da missão, em 6 de outubro.
Desse total, foram realizados 904 atendimentos médicos, psicossociais e assistenciais pela equipe de saúde.
Assim que desembarcam, os repatriados são acolhidos pela Força Nacional do SUS (FN-SUS), que atua em três frentes: uma equipe de acolhimento oferece as boas-vindas aos passageiros em sua língua materna; outra equipe, com experiência em urgência e emergência, fica posicionada estrategicamente para prestar assistência imediata; e uma terceira equipe, instalada em uma tenda equipada com dispositivos necessários, realiza atendimentos médicos e psicossociais.
De acordo com Renato Oliveira Santos, ponto focal da missão de campo da FN-SUS, a operação inclui atendimentos de urgência e emergência e um acolhimento inicial para verificar sinais e sintomas de eventuais problemas de saúde. O trabalho também envolve cuidados psicológicos preliminares para avaliar se as emoções dos repatriados estão dentro da normalidade ou se exigem intervenção específica. Debora Noal, responsável pela saúde mental e atenção psicossocial da Força, destaca que as equipes são mistas e formadas por profissionais que falam português, árabe e francês, o que facilita a comunicação com os repatriados.
A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS) é um programa do Ministério da Saúde voltado para ações de prevenção, assistência e suporte em situações epidemiológicas, desastres ou falta de atendimento à população, quando as capacidades locais de resposta estão esgotadas. A FN-SUS também apoia o território afetado com orientações técnicas, busca ativa e monitoramento de pacientes, fornecimento de medicamentos e auxílio na reconstrução da rede de saúde, conforme a demanda da situação.
A Operação Raízes do Cedro foi determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em resposta ao aumento das tensões entre Israel e o grupo Hezbollah, que atua no Líbano. A logística de repatriação inclui o uso de aeronaves e pessoal da Força Aérea Brasileira (FAB), além de uma articulação do Itamaraty, que atua nos bastidores para facilitar o processo.
Funcionários da embaixada brasileira em Beirute mantêm contato constante com a comunidade brasileira local, estimada em cerca de 20 mil pessoas, para identificar interessados em retornar ao Brasil, organizar listas e garantir a segurança no deslocamento.