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Censo 2022 revela dados sobre a mortalidade no Brasil: descubra onde os homens são mais vulneráveis

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Os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam um panorama preocupante da mortalidade no Brasil entre agosto de 2021 e julho de 2022. No total, foram registrados 1.326.138 óbitos no país, sendo 54,5% deles do sexo masculino (722.225) e 45,5% do feminino (603.913). Embora os números sejam alarmantes, o Censo apresenta uma discrepância em relação ao Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, que frequentemente indica taxas mais elevadas.

Diferenças Regionais e Sobremortalidade Masculina

Uma análise mais detalhada dos dados aponta para variações significativas entre os estados. O Tocantins se destaca com a maior sobremortalidade masculina, apresentando 150 óbitos masculinos para cada 100 femininos, ou uma proporção de 1,5. Seguem Tocantins, outros estados como Rondônia (1,48), Roraima (1,47), Mato Grosso (1,42), Amapá (1,41), Amazonas (1,37) e Pará (1,36), todos acima da média nacional de 1,2.

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Por outro lado, os estados com as menores sobremortalidades masculinas incluem Rio de Janeiro (1,05), Pernambuco (1,12) e Rio Grande do Sul (1,14). Isso sugere que, enquanto algumas regiões enfrentam uma acentuada disparidade entre os sexos nas taxas de mortalidade, outras mostram um equilíbrio maior.

Juventude em Risco: Sobremortalidade na Faixa Etária de 20 a 39 Anos

A situação se agrava ainda mais na faixa etária de 20 a 39 anos, onde a sobremortalidade masculina atinge níveis alarmantes. Sergipe lidera essa estatística com uma taxa de 3,49, seguido pelo Ceará (3,35), Rondônia (3,31), Bahia (3,29) e Tocantins (3,28). Os estados que registraram as menores taxas nessa faixa etária foram Roraima (1,85), São Paulo (2,16) e Rio de Janeiro (2,21), indicando um padrão preocupante em determinadas regiões do Brasil.

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Izabel Marri, gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, destacou que a coleta de dados sobre óbitos é particularmente desafiadora, especialmente em domicílios unipessoais, onde a informação pode ser perdida. A pesquisa foi ampliada para incluir óbitos ocorridos até três anos antes do Censo, a fim de captar o impacto da pandemia de Covid-19 e suas consequências.

Impacto da Pandemia na Mortalidade

O período da pandemia afetou significativamente os números de óbitos em diferentes estados, gerando variações nas taxas de mortalidade que não se limitam aos registros do Censo. Com o aumento de óbitos desde 2020, os pesquisadores buscaram entender como a Covid-19 alterou a dinâmica da mortalidade, o que pode ter contribuído para a disparidade observada.

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Importância dos Dados para Políticas de Saúde

Esses dados são cruciais para a avaliação dos indicadores de saúde da população brasileira. Marri enfatizou a relevância de compreender as taxas de mortalidade para orientar políticas de saúde pública que visem a diminuição da mortalidade em diferentes faixas etárias. O Censo 2022, apesar de subdeclarar alguns óbitos, fornece uma fonte alternativa valiosa de informações, especialmente em relação às condições de habitação e características demográficas dos domicílios.

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