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Condenada a quatro anos de prisão em regime fechado por amputar o pênis do companheiro, a cozinheira Daiane dos Santos Farias, de 34 anos, recebeu na semana passada a visita de Gilberto Nogueira, seu companheiro de 40 anos, atualmente motorista de aplicativo, na Penitenciária de Mogi Guaçu (SP).
O primeiro encontro do casal após o incidente aconteceu no parlatório, com um vidro blindado separando os dois. Gilberto relatou ao blog de Ullisses Campbell que não puderam se tocar nem se beijar, e apenas conversaram pelo telefone durante uma hora.
Caso dependesse do casal, o encontro aconteceria no espaço da penitenciária destinado a visitas íntimas, já que eles possuem união estável. No entanto, a direção da unidade estabeleceu que a visita íntima só será permitida com autorização judicial. A Justiça, por sua vez, autorizou apenas encontros no parlatório, sem contato físico direto.
Embora Daiane tenha solicitado um encontro privado com Gilberto, a restrição visa prevenir uma possível retaliação do motorista contra ela. O casal, no entanto, está disposto a recorrer à segunda instância para obter o direito de se encontrarem de forma mais íntima dentro da prisão.
No ano passado, em dezembro, Daiane descobriu que Gilberto havia transado com uma sobrinha, de apenas 15 anos, na cama do casal no dia do aniversário da companheira.
Para se vingar da traição, Daiane planejou uma noite especial. Comprou uma lingerie nova, amarrou as mãos do marido por trás e apagou a luz.
Em seguida, Daiane pegou uma navalha de sobrancelhas e cortou o pênis dele na base. Ela ainda tirou uma foto do órgão ensanguentado e postou no grupo da família dele. Por fim, ela jogou dentro do vaso sanitário e deu a descarga. Daiane confessou aos policiais que fez isso para impedir o reimplante.
Após trocas de cartas, Gilberto perdoou a esposa e pediu para reatar o relacionamento. Ele chegou a comprar uma cinta peniana (mais conhecido como “cintaralho”), no valor de R$ 150, para ser usada durante a visita íntima, mas o pedido foi negado pela Justiça. Daiane, por sua vez, foi alertada por colegas de cela de que Gilberto poderia estar planejando uma armadilha para ela.
No primeiro encontro do casal no parlatório, Gilberto garantiu que ama Daiane e que nunca teria coragem de agredi-la, seja por vingança ou qualquer outro motivo. Ele afirmou que Daiane o conhece bem e que não é um homem violento. Segundo ele, a experiência na cadeia é extremamente difícil e, por isso, jamais faria algo que o levasse a ser encarcerado.
Como visitante de primeira viagem, Gilberto enfrentou diversas dificuldades para conseguir visitar a esposa. Sem conhecer as regras da penitenciária, chegou ao local vestido com calça jeans e camiseta preta, roupas proibidas. Para poder entrar, teve de alugar um moletom vermelho por R$ 10 e comprar uma camiseta vermelha por R$ 40. As cores escuras são proibidas nas casas penais, pois podem confundir os visitantes com os policiais, que vestem uniforme preto.
Além disso, ele levou um jumbo com feijoada, arroz, refrigerante e chocolate, achando que desfrutaria de um almoço romântico com Daiane. Contudo, a refeição só seria permitida se o encontro ocorresse no pátio da penitenciária. Gilberto relatou que a cadeia é um lugar horrível e que enfrentou uma longa fila para conseguir entrar. Chegou às 8h da manhã, mas só conseguiu ser autorizado a entrar às 13h30. Quando finalmente se encontrou com Daiane, teve apenas uma hora para ficar com ela e mal conseguiu conversar.
Enquanto isso, o casal segue trocando cartas. Nas mensagens, Daiane frequentemente questiona as reais intenções de Gilberto ao tentar encontrá-la na sala de visita íntima, e ele responde simplesmente que quer ter relações com ela.
Em declarações ao blog, Gilberto afirmou que está apaixonado por Daiane e que, apesar de muitas mulheres o procurarem nas redes sociais, ele só tem olhos para ela. Ele acrescentou que já a perdoou há muito tempo e que ela também o perdoou. Para ele, a tragédia que afetou sua família tem apenas um culpado: ele mesmo.