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Em coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (14), o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, relatou que o uso de um robô antibombas foi fundamental para preservar a vida dos policiais durante buscas relacionadas ao caso do ataque ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na operação, realizada em uma casa alugada pelo suspeito Francisco Wanderley Luiz em Ceilândia, foram encontrados mais explosivos, evidenciando o risco iminente.
“Felizmente, utilizamos a boa doutrina da nossa instituição e da Polícia Militar para entrar nesse tipo de ambiente. Entramos com o robô, nosso robô antibombas. O robô entrou na residência e, ato contínuo ao abrir uma gaveta para fazer a busca, houve uma explosão, uma explosão gravíssima. Salvou a vida de alguns policiais que, se tivessem ingressado na residência, certamente não sobreviveriam àquela intensidade da explosão”, afirmou Rodrigues.
Segundo ele, além dos artefatos explosivos, outros materiais foram encontrados na casa. “Muitos [dos artefatos], até pela sensibilidade, têm que ser destruídos. E outros materiais que coletamos, eu diria que de muita relevância”, acrescentou.
Durante a coletiva, Rodrigues informou que a Polícia Federal investigará a origem dos explosivos utilizados por Luiz, que aparentavam ser de fabricação artesanal, mas possuíam “um grau de letalidade muito grande”. Ele descreveu que os artefatos tinham itens de fragmentação semelhantes aos de granadas.
“Isso, de fato, poderia causar um dano ainda maior se o intento fosse concluído. Além disso, essa pessoa portava com ela um extintor de incêndio carregado de gasolina, que simulava um lança-chamas”, detalhou Rodrigues. No porta-malas do veículo do suspeito, a PF também encontrou fogos de artifício.
Rodrigues afirmou que há indícios de “planejamento de longo prazo” nas ações, e que grupos extremistas estão ativos e exigem respostas contundentes. “Entendemos que esse episódio de ontem não é um fato isolado, mas é conectado a várias outras ações, que, inclusive, a Polícia Federal tem investigado em um período recente”, finalizou o diretor da PF.