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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), declarou nesta quarta-feira (6) que não vê motivos para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal para investigar o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua da Igreja Católica. A decisão sobre a abertura da CPI cabe aos vereadores, que devem se debruçar sobre o tema na próxima semana.
“O que eu tenho orientado para os meus secretários: não interfiram nas questões de orientação de CPIs, porque o vereador tem que ter toda a sua liberdade e autonomia para fazer as suas atividades parlamentares. Eu, se fosse vereador, pelas informações que tenho até agora, não faria uma CPI contra o padre Júlio Lancellotti”, afirmou o prefeito.
Nunes destacou sua admiração pelo trabalho do religioso. “Tenho muita consideração com o padre Júlio, até pela posição dele ser padre. Sou católico praticante. Eu, em especial, não me sentiria, se eu fosse vereador, confortável em fazer qualquer tipo de investigação contra um sacerdote que a gente vê só fazer o bem para as pessoas, dedicar sua vida para poder ajudar o próximo”, completou.
A proposta de instalação da CPI para investigar o padre e as ONGs que atuam na Cracolândia está em debate na Câmara Municipal desde o fim do ano passado. A iniciativa partiu do vereador Rubinho Nunes (União), que inicialmente pretendia investigar o suposto desvio de recursos públicos. Em janeiro, porém, Rubinho direcionou o foco da investigação para o padre Júlio Lancellotti, o que gerou divisão entre os parlamentares e levou à retirada de apoio à CPI por parte de alguns vereadores.