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São Paulo já tem quatro vezes mais casos de coqueluche que em 2023; saiba tudo sobre a doença

Foto: PublicDomainPictures por Pixabay

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O estado de São Paulo tem sido palco de um preocupante aumento nos casos de coqueluche este ano. Segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), foram registrados 37 casos até o momento, sendo 32 deles apenas na capital. Esse número representa um aumento significativo em relação ao ano anterior, com um aumento de quatro vezes na incidência da doença em comparação com todo o ano de 2023. É importante ressaltar que, apesar do aumento nos casos, não houve registro de mortes pela doença até o momento.

A cobertura vacinal contra a coqueluche é monitorada através da aplicação da vacina pentavalente, que protege contra diversas doenças, incluindo difteria, tétano, pertussis, hepatite B e Haemophilus influenzae B. No ano passado, a cobertura vacinal na capital paulista foi de 90,42% em crianças menores de 1 ano de idade.

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A coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella. Em crianças, pode ser uma doença grave, levando à insuficiência respiratória e até mesmo à morte. A prevenção é feita através da vacina pentavalente, disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) aos 2, 4 e 6 meses de vida, com reforços aos 15 meses e aos 4 anos com a vacina DTP, que protege contra difteria, tétano e coqueluche.

A doença tende a se espalhar mais facilmente em períodos de clima ameno ou frio, como na primavera e no inverno, quando as pessoas passam mais tempo em ambientes fechados. A coqueluche é altamente contagiosa, sendo que uma única pessoa infectada pode gerar até 17 casos secundários. Seu potencial de transmissão é comparável ao do sarampo e da varicela, e é muito maior do que o da COVID-19.

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Os sintomas da coqueluche incluem febre leve, mal-estar geral, coriza e tosse seca na fase inicial, seguida por acessos de tosse intensa na fase paroxística, que podem comprometer a respiração. Na fase final, os sintomas diminuem gradualmente, mas a tosse persistente pode durar meses.

Segundo o infectologista Francisco Ivanildo de Oliveira, gerente médico do Sabará Hospital Infantil, o aumento dos casos de coqueluche não é uma realidade exclusiva do Brasil, mas está sendo observado em diversos países. De acordo com ele, não há uma única explicação para esse fenômeno, mas é sabido que os casos de coqueluche tendem a aumentar de forma cíclica a cada três a cinco anos.

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Oliveira destaca que a principal razão para esse aumento é a baixa cobertura vacinal. Ele salienta que esse problema não é novo e já vinha ocorrendo antes mesmo da pandemia, mas se agravou durante esse período. Durante a pandemia, a cobertura vacinal para diversas vacinas, incluindo as mais antigas como a da coqueluche, diminuiu significativamente em todo o mundo, e mesmo após esse período os níveis de vacinação não retornaram aos patamares anteriores.

Para combater a propagação da doença, Oliveira sugere uma estratégia que vai além de assegurar a imunização dos bebês: a vacinação das gestantes. Ele explica que quando a mãe é vacinada, o bebê recebe anticorpos que o protegem durante as primeiras vacinas, aumentando sua segurança. No entanto, Oliveira observa que a cobertura vacinal entre as gestantes é muito baixa e ressalta que aumentá-la pode ajudar a controlar a doença e reduzir o número de casos. Ele enfatiza que a vacinação é a medida mais segura e eficaz para reduzir a incidência de todas as doenças preveníveis por imunização.

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