São Paulo

Operação Downtown: PCC comprou ou montou 78 hotéis e hospedarias no centro de SP para abastecer e manter o tráfico de drogas na região

Foto: Secretaria de Segurança Pública de São Paulo/Divulgação

O PCC adquiriu ou montou 78 hotéis e hospedarias no centro de São Paulo, das quais 26 são clandestinas, para apoiar o tráfico de drogas na região. A facção expandiu suas operações para áreas próximas às praças Marechal Deodoro, Princesa Isabel e dos Largos do Arouche e do Paissandu, incluindo endereços nas Avenidas São João e Duque de Caxias.

A 4.ª Delegacia da Divisão de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE), do Denarc, concluiu que o tráfico de drogas no centro histórico é sustentado principalmente pelo uso dessas hospedarias.

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A operação resultou na emissão de 124 mandados de busca e apreensão, com a interdição de 26 hospedarias clandestinas e o bloqueio de valores em 28 contas bancárias.

600 policiais civis de diversos departamento e guardas civis metropolitanos foram convocados para participar da operação.

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As investigações revelaram que as compras dos imóveis foram feitas de forma estratégica antes e durante a migração da Cracolândia, que ocupou nove locais diferentes em 2022. Muitos imóveis foram registrados em nome de “laranjas”, como porteiros e ajudantes gerais, para ocultar a verdadeira propriedade pelo PCC.

Entre janeiro e junho de 2023, quatro bairros de São Paulo concentraram cerca de um terço da apreensão de crack na cidade, evidenciando o papel central da Cracolândia no tráfico de drogas gerenciado pelo PCC. Denúncias de tráfico de drogas ou prostituição foram registradas em todas as hospedarias investigadas.

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A migração da Cracolândia foi parcialmente motivada pela política da Prefeitura de emparedamento de hospedarias, iniciada no segundo semestre de 2021. Isso levou à identificação de Marcelo Carames, apontado como gerente do tráfico de drogas na região, que comprou novas hospedarias estrategicamente antes das migrações.

A compra de imóveis por Marcelo Carames e João Caboclo do Nascimento antes das migrações da Cracolândia demonstra seu envolvimento com o fluxo de usuários de drogas. A presença dessas hospedarias clandestinas é crucial para a logística de distribuição de drogas. A concentração de usuários na Rua dos Protestantes e nas ruas adjacentes aumentou furtos e roubos, impactando severamente o comércio local.

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