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O desembargador Ivo de Almeida, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), é alvo de uma investigação da Polícia Federal (PF) por suspeita de venda de sentenças em seus plantões. Segundo a PF, o esquema beneficiaria pessoas envolvidas em desvios de recursos da saúde, causando um rombo de pelo menos R$ 40 milhões em prefeituras paulistas.
Na quinta-feira (20), a casa do desembargador e seu gabinete no TJ-SP foram alvos de buscas e apreensões durante a Operação Churrascada da PF. A operação também atingiu advogados em Ribeirão Preto (SP) e Taboão da Serra (SP), incluindo Luiz Pires Moraes Neto.
De acordo com a PF, a senha utilizada pelos investigados para se referir aos plantões do desembargador no TJ-SP era “dia do churrasco”. Os TJs são a segunda instância da justiça brasileira.
A investigação teve início a partir da apuração de desvios de recursos da saúde em prefeituras paulistas, supostamente realizados por meio de uma Organização Social (OS) chamada AMG. As referências ao “churrasco” feitas pelos investigados chamaram a atenção da PF, que decidiu aprofundar as pesquisas.
A Operação Contágio, deflagrada em 2021, já havia identificado a atuação do grupo em contratos firmados com as prefeituras de Cajamar, Embu das Artes, Itapecerica da Serra, Hortolândia e São Vicente, todas no estado de São Paulo.
Na quinta-feira, a PF cumpriu 17 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A investigação segue em andamento para determinar a extensão do esquema e identificar todos os envolvidos.
O espaço da matéria segue aberto para os investigados e suas defesas.