O Sindicato dos Motoristas (Sindmotoristas) confirmou que os ônibus municipais de São Paulo entrarão em greve a partir da 0h desta quarta-feira (3/7). A paralisação, que envolve cerca de 1,5 milhão de passageiros diariamente, responsáveis por aproximadamente 4,2 milhões de embarques, representa um potencial impacto significativo no sistema de transporte gerenciado pela prefeitura, que corresponde a cerca de 60% do total.
Uma tentativa de conciliação entre empresas e trabalhadores, mediada pela Seção de Dissídios Coletivos do TRT2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), foi realizada mais cedo, porém não obteve sucesso.
Para mitigar os efeitos da greve, o desembargador Davi Furtado Meirelles emitiu uma liminar determinando que 100% da frota de ônibus opere amanhã das 6h às 9h e das 16h às 19h. Nos demais horários, é obrigatório que pelo menos 50% dos coletivos estejam em circulação. O sindicato enfrentará uma multa de R$ 100 mil em caso de descumprimento da ordem judicial.
A campanha salarial da categoria já se estende por três meses e inclui demandas como reajuste salarial, redução da jornada de trabalho, fim da hora de refeição não remunerada, entre outras pautas específicas do setor.
A cidade de São Paulo conta com uma frota de 12,2 mil ônibus que operam em 1.304 linhas. Em média, a SPTrans, autarquia municipal responsável pelo serviço, transporta 7,2 milhões de passageiros em dias úteis, conforme dados de março deste ano.