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O pastor evangélico Agnaldo Roberto Betti, de 58 anos, foi preso em flagrante nesta quarta-feira (03) durante uma operação conjunta das polícias Federal e Militar, por compartilhar vídeos de pornografia infantil. Betti, que acumula 457 mil seguidores nas redes sociais, atua na igreja Assembleia de Deus Ministério Belém e é fundador de um canal no YouTube onde oferece aulas bíblicas.
A Assembleia de Deus Ministério Belém repudiou veementemente o comportamento do pastor, afirmando que contraria os princípios e regras de fé da Bíblia Sagrada, especialmente no que se refere à proteção da infância. A instituição suspendeu Betti do quadro de membros e de suas funções até a completa apuração dos fatos. A defesa do pastor não foi localizada para comentar o caso.
Em 2012, Betti foi homenageado pela Câmara Municipal de Campinas (SP) com o Diploma de Mérito Cristão “Pastor João Batista de Sá” pelos relevantes serviços prestados no campo da evangelização e da educação cristã.
A Polícia Militar informou que Betti foi surpreendido pelas equipes em sua casa, no momento em que acessava os conteúdos ilícitos por meio de um aplicativo. Ele tentou deletar os arquivos, mas não conseguiu. Segundo a Polícia Federal, o pastor já havia sido indiciado pelo mesmo delito este ano, mas continuou a adquirir e compartilhar vídeos e imagens de conteúdo de violência sexual infantojuvenil.
Esta é a primeira prisão em flagrante por compartilhamento de pornografia infantil realizada pela PF na região metropolitana. A investigação que levou à prisão de Betti faz parte da Operação Escudo da Inocência, destinada a proteger crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual.
Após os procedimentos legais, Betti foi encaminhado ao sistema penitenciário, onde aguardará os trâmites da 9ª Vara Federal de Campinas. A Assembleia de Deus Ministério Belém afirmou ainda que, apesar de Betti integrar o quadro de membros, ele não atua em funções pastorais desde março de 2017, tendo optado por um ministério pessoal itinerante, com foco em seu canal na internet. A instituição também afirmou desconhecer qualquer investigação prévia envolvendo o pastor.