São Paulo

Avião que caiu em Vinhedo (SP) fez duas paradas para manutenção após ‘dano estrutural’

Foto: Reprodução/Redes sociais

O avião que caiu em Vinhedo na última sexta-feira (09) já havia passado por duas paradas para manutenção desde março deste ano. De acordo com o programa Fantástico, foram relatados problemas no sistema hidráulico, contato anormal com a pista durante o pouso e falhas no funcionamento do ar-condicionado.

O acidente, que resultou na morte de 62 pessoas, é agora considerado um dos mais graves já registrados em solo brasileiro.

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No dia 11 de março, durante uma viagem de Recife para Salvador, foram identificados um baixo nível de óleo hidráulico e um contato anormal da aeronave com a pista durante o pouso. Esse incidente, descrito em documentos oficiais, causou um dano estrutural no turboélice modelo ATR-72-500, o mesmo que caiu em Vinhedo.

A aeronave permaneceu estacionada em Salvador por 17 dias antes de ser encaminhada para conserto na oficina da Voepass em Ribeirão Preto (SP).

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Após três meses, o avião voltou a voar, mas sofreu uma despressurização durante um voo sem passageiros de Ribeirão Preto para Guarulhos, o que exigiu novos reparos. A aeronave só voltou a operar comercialmente em 13 de julho.

Na véspera do acidente, a jornalista Daniela Arbex havia publicado nas redes sociais vídeos que mostravam passageiros da Voepass passando mal devido ao calor dentro da aeronave.

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Após o acidente, Arbex compartilhou novamente as imagens, questionando como uma aeronave poderia operar nessas condições. Ela também relatou que, em um evento no Paraná, pediu para que seu contratante comprasse outro voo, pois não queria viajar naquela aeronave específica.

O engenheiro aeronáutico Celso Faria de Souza, perito criminal em acidentes aeronáuticos e diretor da Associação Brasileira de Segurança de Voo (Abravoo), destacou que a formação severa de gelo nas asas deve ser considerada a principal hipótese para o acidente, com base nas imagens da queda. Ele explicou que havia previsão de formação de gelo na área do acidente, o que poderia ter causado a perda de sustentação da aeronave.

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Segundo informações do Fantástico, esse mesmo modelo de avião já havia sofrido uma queda brusca devido ao acúmulo de gelo nas asas em um voo de Indianápolis para Chicago há 30 anos. Na ocasião, o sistema de degelo falhou em expulsar todas as partes congeladas, resultando na queda.

Um ex-comissário da Voepass afirmou que a empresa priorizava o lucro em detrimento da segurança, sendo que o avião era apelidado de “Maria da Fé” por muitos que questionavam como uma aeronave naquele estado continuava voando. Outro funcionário relatou uma situação em que um palito de fósforo ou de dente foi usado para solucionar um problema no nível de aquecimento de um dos sistemas.

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