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Após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar na semana passada a mpox (varíola dos macacos), causada pelo vírus Monkeypox, como uma emergência de saúde mundial, o governo de São Paulo intensificou o monitoramento dos casos e está elaborando notas informativas sobre a doença, conhecida popularmente como varíola dos macacos.
O objetivo é orientar a população. Os serviços de saúde em todo o estado já receberam recomendações técnicas da Secretaria de Estado da Saúde (SES) para o monitoramento e acompanhamento preventivo da doença.
Segundo a OMS, o surto atual, que afeta cerca de 15 países no continente africano, envolve uma versão do vírus diferente daquela responsável pelo surto mundial em 2022.
O governo paulista informou que um plano de contingência foi estabelecido durante o aumento de casos em 2022, e a rede de saúde está preparada para a identificação e tratamento da doença.
De janeiro a julho deste ano, São Paulo confirmou 315 casos de mpox, um número significativamente menor que os 4.129 casos confirmados em 2022, quando a doença atingiu seu pico no estado. No mesmo período em 2023, foram confirmados 88 casos.
“A mpox se tornou uma nova emergência de saúde pública global devido à cepa 1b, que pode ter um potencial de transmissão ainda maior. Embora não haja motivo para alarde em São Paulo, a vigilância e o monitoramento são fundamentais, além de seguir as recomendações para evitar a propagação da doença”, afirmou Regiane de Paula, coordenadora de saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD) da SES. O Hospital Emílio Ribas foi destacado como referência no atendimento de casos da doença.
A mpox é transmitida pelo vírus Monkeypox, podendo ocorrer por contato com pessoas, animais ou objetos contaminados. Os principais sintomas incluem erupções cutâneas e lesões na pele. O diagnóstico é feito em laboratório, por meio da análise das secreções das lesões ou crostas, quando os ferimentos já estão secos. Outros sintomas incluem linfonodos inchados, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza.
O período de incubação da doença varia de 3 a 16 dias. A transmissão cessa após o desaparecimento das erupções cutâneas. As lesões podem ser planas ou elevadas, contendo líquido claro ou amarelado, e podem surgir em qualquer parte do corpo, especialmente no rosto, pés e palmas das mãos.
Para prevenir a infecção, é recomendado evitar o contato com pessoas infectadas ou suspeitas de estarem com a doença, ter cuidado com o compartilhamento de objetos pessoais, como toalhas, lençóis e escovas de dentes, lavar as mãos regularmente e higienizar adequadamente os itens de uso diário.
Outra medida preventiva é a vacinação em duas doses, com um intervalo de quatro semanas entre as aplicações. A prioridade é dada às pessoas com maior risco de evolução para formas graves da doença, como aquelas que tiveram contato próximo com casos confirmados de mpox, profissionais de saúde que atendem casos suspeitos ou confirmados, homens que fazem sexo com homens (HSH), especialmente aqueles com múltiplos parceiros, e pessoas imunocomprometidas.
Segundo a secretaria, a doença tende a ser leve, e geralmente os pacientes se recuperam sem a necessidade de tratamento específico, apenas com repouso, hidratação oral e medicação para alívio dos sintomas, como dor e febre, evitando assim possíveis sequelas.