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O estado de São Paulo está participando de uma mobilização nacional para coletar DNA de familiares de pessoas desaparecidas, com o objetivo de expandir e alimentar a rede de perfis genéticos. Esta iniciativa, que começa nesta segunda-feira (26) e vai até sexta-feira (30), conta com 13 pontos de coleta em todo o estado. Na capital, há dois locais designados, um na Região Metropolitana e os demais no interior. Para mais detalhes sobre os endereços e telefones dos pontos de coleta, consulte abaixo.
Vale ressaltar, porém, que a coleta também é feita todas as quartas-feiras nos Institutos Médicos Legais (IML) do estado, por meio de agendamento no site.
Objetivo da Mobilização
A ação visa criar uma base de dados mais robusta que facilite a identificação de restos mortais e permita respostas mais rápidas para as famílias que buscam seus entes queridos. Segundo o relatório da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, entre novembro de 2023 e maio de 2024, pelo menos 24 restos mortais foram identificados em São Paulo através do banco de DNA. O estado paulista está entre os três maiores contribuintes para essa base de dados, colaborando com perfis genéticos de pessoas e restos mortais não identificados, além de familiares de desaparecidos.
“A possibilidade de dar uma resposta a familiares de desaparecidos é extremamente significativa. Muitas vezes, essas famílias passam anos procurando seus entes queridos sem saber se foram vítimas de acidente, sequestro ou qualquer outra situação. A rede de perfis genéticos permite a comparação de DNAs em todo o Brasil”, afirmou Ana Claudia Pacheco, perita criminal e diretora do Núcleo de Biologia e Bioquímica da Superintendência da Polícia Técnico-Científica.
Ação da Delegacia da Pessoa Desaparecida
Durante a mobilização, a Delegacia da Pessoa Desaparecida entrará em contato com as famílias para incentivar a coleta do material genético. “Faremos uma busca ativa de alguns casos específicos”, destacou a delegada Bárbara Travessos, responsável pela unidade policial.
Como Realizar a Coleta de DNA
Para participar da coleta, os cidadãos devem apresentar o Registro Geral (RG) ou outro documento com foto válido e o Boletim de Ocorrência de Desaparecimento do familiar. A coleta do DNA é realizada a partir de células da mucosa oral, extraídas com um cotonete, ou por meio de uma gota de sangue do dedo da mão.
Familiares de primeiro grau do desaparecido, como pais, mães, filhos e irmãos biológicos, são priorizados para a coleta, pois têm maior probabilidade de correspondência genética. Também é possível que o genitor dos filhos da pessoa desaparecida doe material genético. É recomendado que pelo menos dois familiares participem da coleta.
Se possível, os especialistas solicitam que os familiares tragam objetos que possam conter material genético da pessoa desaparecida, como amostras de cordão umbilical, dentes ou escovas de dente.