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Uma operação da Polícia Militar prendeu um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), revelando um plano de atentado contra o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite. A informação foi divulgada pela Secretaria de Segurança Pública nesta segunda-feira. A captura do suspeito, realizada em maio, levou os investigadores a descobrirem que ele fazia parte de um grupo que estava planejando uma emboscada para Derrite. O ataque seria liderado por Marcelo Adelino de Moura, conhecido como “China”, conforme publicado pelo site Metrópoles.
Guilherme Derrite, deputado federal eleito pelo PL e atual secretário de Segurança Pública no governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi o relator do projeto de lei que aboliu as “saidinhas” temporárias de presos, aprovado pela Câmara dos Deputados. Ele chegou a ser exonerado de seu cargo durante a gestão de Tarcísio, mas retornou ao posto após a aprovação do projeto no Congresso.
A prisão que levou à descoberta do plano ocorreu no dia 5 de maio, quando policiais do Comando e Operações Especiais (COE) detiveram um homem de 47 anos no bairro da Cachoeirinha, zona norte de São Paulo. O suspeito, envolvido em roubos a bancos e responsável por armazenar armas e drogas, foi encontrado em posse de dois fuzis, 2 mil munições de grosso calibre, R$ 100 mil em dinheiro e pacotes de cocaína. Após a prisão, foi confirmado que o indivíduo fazia parte do grupo que arquitetava o ataque contra Derrite.
China, que tem 48 anos e uma longa ficha criminal, incluindo homicídio, formação de quadrilha, roubo, falsidade ideológica e tentativa de fuga, já havia sido denunciado em 2012 pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por tentativa de latrocínio, formação de quadrilha armada e porte de armas e munições de uso restrito. Ele foi preso naquele ano por integrar uma quadrilha armada que assaltou uma transportadora de valores na zona sul de São Paulo. O grupo, composto por China e outras 18 pessoas, usou um ônibus com fundo falso para acessar a transportadora por um túnel. Durante a tentativa de assalto, a quadrilha foi surpreendida pela Polícia Militar. Após uma troca de tiros, China foi o único a ser preso, enquanto dois outros suspeitos foram mortos.
A promotoria disse que na época que o grupo mantinha no interior do ônibus adaptado um arsenal de armas de fogo, acessórios e munições de uso restrito, incluindo fuzis, pistolas, coletes balísticos e carregadores específicos para cada tipo de arma.