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No último domingo (10), um homem de 52 anos, identificado como Marcelo Mariano da Silva, faleceu após passar mal durante a Meia-Maratona de São Paulo, evento realizado na capital paulista. O incidente ocorreu perto do quilômetro 19 da prova, quando Marcelo, que carregava o número 8080, desmaiou e foi encontrado caído por outros corredores. Ele chegou a receber atendimento de emergência no local, mas não resistiu.
Organizada pela Tríade, a meia-maratona teve início na Avenida Henrique Chamma, no Itaim, na Zona Oeste, e atraiu centenas de atletas para a disputa de 21 quilômetros. Segundo testemunhas, Marcelo não apresentava problemas de saúde conhecidos e estava com seus exames médicos em dia.
Socorro e Tempo de Resposta
De acordo com Stephanie Aranda, uma das participantes da prova, quando ela se aproximou do local do incidente, viu Marcelo caído e logo se aproximou com sua mãe, que é enfermeira, para tentar prestá-lo socorro. Stephanie relatou à TV Globo que a espera pela ambulância foi longa, e ela mesmo procurou ajuda, correndo por dois quilômetros até encontrar uma equipe médica. “Foram mais de dez minutos de espera desde o momento em que o vimos no chão. A ambulância só chegou depois que eu liguei pedindo ajuda”, disse a atleta.
A falta de comunicação entre a equipe organizadora também foi apontada como um fator de frustração por Stephanie. Ela contou que, ao tentar comunicar a situação e pedir por um anúncio para localizar familiares de Marcelo, não obteve resposta imediata. “Minha revolta não era sobre o mal súbito em si, mas sobre a má organização do evento. Só haviam duas ambulâncias para centenas de corredores”, afirmou.
Resposta da Organização e das Autoridades
A Tríade, organizadora da prova, afirmou em nota que o tempo de atendimento médico foi de 7 a 8 minutos no local do incidente, e que o evento possuía uma estrutura médica adequada, com 4 ambulâncias, incluindo uma equipada com desfibrilador, além de uma moto médica e um posto de atendimento médico. “O paciente foi encaminhado para a UPA Vila Mariana”, disse a organização.
Por sua vez, a Prefeitura de São Paulo destacou que, sendo um evento privado, a responsabilidade pelo atendimento médico era da organização. A Secretaria Municipal da Saúde também lamentou a perda e informou que o paciente foi atendido na UPA Vila Mariana, onde os médicos realizaram manobras de ressuscitação, mas não resistiu.
A Secretaria de Segurança Pública registrou o caso como “morte natural”, afirmando que Marcelo foi levado para a UPA após desmaiar e apresentar sangramento pela boca. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas infelizmente não conseguiu reverter a situação.