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A Polícia Federal obteve autorização da Justiça para investigar o envolvimento do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), no caso conhecido como a “máfia das creches”. A decisão da 8ª Vara Criminal Federal de São Paulo, tomada nesta segunda-feira (18), permite que o inquérito sobre Nunes seja desmembrado do restante das investigações, que envolvem outros suspeitos, como representantes de organizações sociais, empresas contratadas pela prefeitura para gerir escolas e contadores. A informação foi relatada inicialmente pela TV Globo.
A investigação sobre o prefeito foi iniciada em 2019, quando surgiram denúncias de fraudes em contratos de creches municipais. Apesar de não ter sido indiciado até o momento, a PF solicitou a continuidade da apuração, incluindo a análise de possíveis envolvimentos de Nunes em desvios de recursos públicos. A defesa do prefeito negou qualquer irregularidade e considerou a decisão injusta, alegando que Nunes já havia prestado esclarecimentos às autoridades e que a apuração teria um viés político.
Em sua defesa, Nunes afirmou que os processos investigativos, que se estenderam por cinco anos, não apresentaram indícios de sua participação nos desvios. “Não tem nada de errado da minha parte ou da minha empresa”, disse o prefeito, que lamentou o desgaste da situação.
A decisão judicial também incluiu a autorização para investigar um contador, acusado de envolvimento em lavagem de dinheiro relacionada às creches. O contador prestava serviços a instituições de ensino infantil na cidade.
O prefeito, que era vereador durante os supostos desvios, também se comprometeu a recorrer à Justiça para contestar a continuidade das investigações. A defesa de Nunes argumenta que não há justa causa para o prosseguimento do caso, dado que nenhum indício concreto foi encontrado em cinco anos de investigação.