Após prisão, Deolane Bezerra publica carta: “estou destruída”

Na manhã desta quarta-feira (4), a influenciadora digital e advogada Deolane Bezerra foi detida durante a operação “Integration” da Polícia Civil de Pernambuco, que visa desmantelar uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro e jogos ilegais. Após sua prisão, Deolane divulgou uma carta nas redes sociais, por meio de sua equipe, na qual alegou estar sendo alvo de uma grande injustiça e destacou a presença de preconceito e perseguição contra ela e sua família. A seguir, a íntegra da carta:

“Hoje não teve boa tarde, Brasil. Mas estou passando aqui para tranquilizá-los, e afirmar mais uma vez que estou sofrendo uma grande injustiça. É notório o preconceito e a perseguição contra a minha pessoa e a minha família. Mas isso tudo servirá para provar mais uma vez para todos vocês que não pratico e nunca pratiquei ‘crimes’. Confesso a vocês que estou destruída ao ver minha mãe passando por tamanha humilhação. Eu passaria 1 ano, 10, 20 ou mais para provar a minha inocência, mas com ela não! Peço orações para todos vocês, obrigada pelo carinho…. Já, já tô aqui de novo… ‘Exquece que a mãe tá enjaulada (Só para descontrair), e lembrando que todos os impostos estão PAGOS”.

A prisão de Deolane Bezerra ocorreu no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, onde ela estava em férias. Ela foi conduzida ao Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), localizado no bairro de Afogados, na Zona Oeste da cidade. Sua mãe, Solange Bezerra, também foi detida.

A operação “Integration”, que teve início em abril de 2023, resultou em 18 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba e Goiânia. Além das prisões, a operação determinou o sequestro de bens significativos, como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações, e o bloqueio de ativos financeiros totalizando R$ 2,1 bilhões. Deolane Bezerra teve seu passaporte retido, e a licença para porte de arma foi suspensa, com o registro de arma sendo cancelado.

A advogada Adélia Soares, representante de Deolane Bezerra, também se manifestou sobre o caso. Em um comunicado, Soares informou que a investigação está sob sigilo e que, apesar das poucas informações disponíveis no momento, a defesa está confiante de que a inocência de Deolane e de sua mãe será provada.

A Polícia Civil de Pernambuco continua as investigações e a operação segue em andamento.

“Hoje não teve boa tarde, Brasil! Mas estou passando aqui para tranquilizá-los e afirmar que mais uma vez estou sofrendo uma grande injustiça. É notório o preconceito e a perseguição contra minha pessoa e minha família, mas isso tudo servirá para provar mais uma vez para todos vocês que não pratico e nunca pratiquei ‘crimes’”, escreveu.