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“Acho injusto chamar sertanejo. Porque sertanejo é: no ‘Rancho fundo, bem pra lá do fim do mundo…’. Isso é sertanejo. Isso cantava os temas do sertão. E agora tem um problema de ‘ser corno e não ser corno’, de ‘minha namorada me largou e eu larguei minha namorada’, ‘a gente se ama, a gente não se ama’”, afirmou Cardoso.
“O único assunto que eles têm é uma questão das masculinidade e da fidelidade feminina. ‘Você vai parar de beber’, é o único tema que eles têm”, continuou o ator.
De acordo com Cardoso, a estética do sertanejo perdeu as características brasileiras: “Eu acho que é uma influência, mais uma vez, estadunidense, esses comerciantes agrícolas brasileiros são muito apegados à cultura estadunidense. E como lá tem uma cultura country, que seria o equivalente, eles importaram. A estética deles perderam todas as características brasileiras”.
O ator completou dizendo que a temática é “completamente monótona e de baixíssima inspiração”: “São caminhos que o dinheiro vai fazendo para a arte. Não sei se tem algum artista verdadeiro ali. Sinceramente, tem gente que sabe cantar, alguns produtores que conhecem a tecnologia, mas na minha opinião, é uma temática completamente monótona e de baixíssima inspiração”.
Pedro Cardoso também salientou que o sertanejo é a “música do fascismo brasileiro”, “vazia de interesse teórico” e sobre “assunto nenhum”: “Não é à toa que isso é a expressão e a música do fascismo brasileiro. É uma música vazia de interesse teórico, sobre assunto nenhum. É uma música sobre nada, sobre ser corno ou não ser corno. Eu duvido você trazer uma produção cultural expressiva desse ramo, que o assunto não seja esse”.