Ciência e Tecnologia

AstraZeneca inicia produção de vacina de Oxford em grande escala

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O CEO da multinacional farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, Pascal Soriot, disse que a empresa começou a produzir a vacina contra o coronavírus Sars-CoV-2 desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, antes mesmo da conclusão dos estudos clínicos em seres humanos.

A candidata é baseada em um adenovírus de chimpanzés contendo a proteína spike, usada pelo Sars-CoV-2 para agredir as células humanas. A terceira e última fase do ensaio clínico acontecerá simultaneamente no Reino Unido e no Brasil, onde o estudo é coordenado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

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“Estamos começando a manufaturar essa vacina agora, e precisamos tê-la pronta para uso assim que tivermos os resultados”, disse Soriot à emissora britânica BBC. Segundo o executivo, a AstraZeneca, que tem um acordo com Oxford para a produção da vacina em escala global, será capaz de fornecer 2 bilhões de doses.

“Claro que essa decisão tem um risco, mas é um risco financeiro, que é o de a vacina não funcionar”, acrescentou. A empresa também se comprometeu a fornecer metade de suas doses para países de baixa e média renda, graças a acordos já assinados.

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Se a medicação funcionar, a distribuição pode começar no fim do ano, mas Soriot diz esperar descobrir até agosto se a vacina é efetiva ou não.

Brasil

O estudo clínico no Brasil recrutará pelo menos 2 mil adultos entre 18 e 55 anos, prioritariamente profissionais de saúde ou pessoas com risco aumentado de exposição à Covid, como funcionários de limpeza e seguranças de hospitais ou motoristas de ambulâncias.

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Os participantes do ensaio tomarão uma dose única e serão acompanhados por pelo menos 12 meses. “Entretanto, por se tratar de uma pandemia, às vezes, se você tem alguns resultados que já podem ser obtidos antes de o estudo acabar, isso pode interferir no licenciamento da vacina, se forem resultados efetivos, então a gente está esperando que isso pode ser em breve”, disse à ANSA Lily Yin Weckx, coordenadora do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) da Unifesp, que lidera o estudo no Brasil, na última quarta-feira (3).

Por: Ansa

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