Neste domingo (16), a Microsoft anunciou que a Sony assinou um acordo vinculativo de 10 anos para manter o jogo Call of Duty nos consoles PlayStation, após o encerramento da aquisição da Activision Blizzard. A Activision é a empresa responsável pela popular série de jogos Call of Duty.
Reguladores de diversos países demonstraram preocupação com o poder da Microsoft no mercado de jogos caso a aquisição da Activision fosse aprovada. Isso se deve ao fato de a Microsoft fabricar o Xbox, que concorre diretamente com o PlayStation da Sony, levantando temores de que a Microsoft pudesse tornar os jogos exclusivos para seus próprios consoles e prejudicar a competição com a Sony.
O acordo entre a Microsoft e a Sony visa aliviar essas preocupações, embora a duração específica do acordo não tenha sido divulgada. A Microsoft destacou que o acordo é de longo prazo e que já assinou acordos semelhantes no passado.
O CEO da divisão de entretenimento interativo da Sony, Jim Ryan, expressou preocupações anticompetitivas em depoimento gravado no mês passado, afirmando que a proposta de aquisição da Activision Blizzard não seria benéfica para a competição. Por sua vez, o vice-presidente da Microsoft, Brad Smith, assegurou no Twitter que, mesmo após o fechamento do acordo, a Microsoft continuará focada em garantir que o Call of Duty esteja disponível em mais plataformas e para um maior número de consumidores do que nunca.
Embora a conclusão da aquisição não seja certa, a decisão favorável de um juiz federal de apelações impedindo temporariamente a Comissão Federal de Comércio de bloquear o negócio melhorou as perspectivas da Microsoft e da Activision.
Reguladores da União Europeia aprovaram o acordo em maio, enquanto a Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido afirmou que está disposta a negociar os termos do acordo com a Microsoft. Ambas as empresas têm como objetivo concluir a transação até terça-feira, 18 de julho.