Acontece em um monstruoso buraco negro supermassivo como o Sagitário A*, aquele no centro de nossa galáxia Via Láctea. “Graças a uma nova visualização imersiva produzida em um supercomputador da NASA, os espectadores podem mergulhar no horizonte de eventos, o ponto sem retorno de um buraco negro”, explicou o blog da NASA. “As pessoas frequentemente perguntam sobre isso, e simular esses processos difíceis de imaginar me ajuda a conectar a matemática da relatividade às consequências reais no universo real”, disse o astrofísico da NASA, Jeremy Schnittman.
CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO
DIMENSÕES ENORMES
O buraco negro supermassivo no vídeo tem 4,3 milhões de vezes a massa do Sol da Terra. Isso pode soar aterrorizante, mas Schnittman diz que é muito melhor cair nesse tipo de buraco negro do que em um menor. “Se você tiver a escolha, você quer cair em um buraco negro supermassivo”, explicou Schnittman. “Buracos negros de massa estelar, que contêm até cerca de 30 massas solares, possuem horizontes de eventos muito menores e forças de maré mais fortes, que podem rasgar objetos se aproximando antes de chegarem ao horizonte.”
CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO
A NASA explica: “Isso ocorre porque a atração gravitacional na extremidade de um objeto mais próximo do buraco negro é muito mais forte do que na outra extremidade. Se um astronauta pilotasse uma espaçonave nessa viagem de ida e volta de 6 horas enquanto seus colegas em uma nave-mãe permanecessem longe do buraco negro, ela retornaria 36 minutos mais jovem do que seus colegas. “Objetos em queda se esticam como noodles, um processo que os astrofísicos chamam de espiralização.”
UM BURACO NEGRAL
CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO
O horizonte de eventos neste vídeo tem aproximadamente 16 milhões de milhas de largura – e é cercado por um disco de gás quente em turbilhão. Na simulação, a câmera começa cerca de 400 milhões de milhas de distância. Normalmente, levaria cerca de três horas para a câmera cair no horizonte de eventos – completando quase duas órbitas de 30 minutos. Mas a NASA observa: “Para quem observa de longe, ela nunca chega lá.”À medida que o espaço-tempo se torna cada vez mais distorcido mais perto do horizonte, a imagem da câmera diminuiria e depois pareceria congelar um pouco antes dele. “É por isso que os astrônomos originalmente se referiam aos buracos negros como ‘estrelas congeladas’. Nesse ponto, as leis da física, conforme as entendemos, começam a se desintegrar.
“Assim que a câmera cruza o horizonte, sua destruição pela espiralização está a apenas 12,8 segundos de distância”, explica Schnittman. “Dali, são apenas 79.500 milhas (128.000 quilômetros) até o ponto singular. Essa etapa final da viagem termina num piscar de olhos.”
CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO
FIM DO TEMPO?
E se a câmera fosse uma pessoa em uma espaçonave, a situação se tornaria ainda mais estranha. A NASA observa: “Se um astronauta pilotasse uma espaçonave nessa viagem de ida e volta de 6 horas enquanto seus colegas em uma nave-mãe permanecessem longe do buraco negro, ela retornaria 36 minutos mais jovem do que seus colegas. Isso ocorre porque o tempo passa mais lentamente perto de uma fonte gravitacional forte e quando se move perto da velocidade da luz. E Schnittman acrescenta: “Essa situação pode ser ainda mais extrema. Se o buraco negro estivesse girando rapidamente, como o mostrado no filme de 2014 ‘Interestelar’, ela retornaria muitos anos mais jovem do que seus companheiros de nave.”
CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO