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Mapas cognitivos são ativados quando ao pensar nessas sequências, mesmo quando as imagens não estão visíveis. Segundo uma pesquisa recente do MIT, coordenada pelo professor associado de ciências cerebrais e cognitivas Mehrdad Jazayeri e liderada pela cientista de pesquisa do Instituto McGovern do MIT, Sujaya Neupane, foi descoberto que o córtex entorrinal abriga um mapa cognitivo do que os animais experimentam enquanto usam um joystick para percorrer uma sequência de imagens. Esses Essa é a primeira vez que se mostra a base celular da simulação mental e imaginação em um domínio não espacial por meio da ativação de um mapa cognitivo no córtex entorrinal.
A pesquisa, que será publicada na revista Nature, também conta com a participação da professora de ciências cerebrais e cognitivas do MIT, Ila Fiete. O estudo revela que, assim como nos casos de navegação física, onde o cérebro utiliza mapas cognitivos para orientação, ao pensar em sequências de experiências, os mesmos mapas são ativados, mesmo na ausência de estímulos sensoriais ou movimento físico. Os pesquisadores treinaram animais para usar um joystick e percorrer uma sequência de imagens (“marcos”) em intervalos temporais regulares. Durante o treinamento, os animais viam apenas um subconjunto das imagens em pares, não todas. Posteriormente, os pesquisadores testaram se os animais poderiam lidar com novos pares de imagens que nunca tinham visto antes.
Os resultados mostraram que os animais foram capazes de navegar mentalmente entre os novos pares de imagens desde o primeiro teste, indicando a presença de um mapa cognitivo. A atividade neural registrada durante essa tarefa mostrou características distintivas, com neurônios apresentando picos de atividade associados à representação mental dos marcos. Além disso, os pesquisadores desenvolveram um modelo computacional que mimetiza a atividade cerebral observada, demonstrando como poderia ser gerada. Esse modelo sugere que o córtex entorrinal é capaz de aprender e reconstruir experiências passadas na ausência de entrada sensorial.
Essa descoberta lança luz sobre como o cérebro cria e utiliza mapas cognitivos não apenas para navegação física, mas também para simulação mental de sequências de experiências. Os pesquisadores planejam investigar como esses mapas cognitivos funcionam em diferentes contextos e como são formados inicialmente no cérebro. Essa pesquisa não apenas avança nosso entendimento sobre a função do córtex entorrinal, mas também tem implicações importantes para compreender como aprendemos e simulamos experiências em nossas mentes.